
Existem, há dezenas de milhares de anos, inúmeros meios de transmitir mensagens através de desenhos, sinais, imagens. Entretanto, a escrita propriamente dita, só começou a existir a partir do momento em que foi elaborado um conjunto organizado de signos ou símbolos, por meio dos quais seus usuários puderam materializar e fixar claramente tudo o que pensavam, sentiam ou sabiam expressar.
Tal sistema não surge da noite para o dia. A história da escrita é longa, lenta e complexa. História que se confunde, se entrelaça, com a história do próprio homem, um romance apaixonante do qual nos faltam, ainda hoje, algumas páginas.
Tudo começa entre o
Tigre e o
Eufrates, na
Mesopotâmia. Essa região do Oriente Médio, que se estende do golfo Pérsico a
Bagdá (
atual capital iraquiana), estava, entre o sexto e o primeiro milênio antes de nossa era, dividida entre a região da
Suméria, ao sul, e a região da
Acádia, ao norte.
Notas de compra e venda não podem ser registradas oralmente. Por esta razão tão prosaica, nasceu a escrita.

Sumerianos e acadianos, apesar de geograficamente muito próximos, falavam duas línguas tão díspares, tão diferentes, como o são o francês e o chinês. Povos altamente civilizados, viviam em pequenas comunidades, em torno de cidades como
Babilônia, sob a autoridade de um soberano e a proteção de inúmeros deuses. Excluindo “funcionários” das cortes reais, sacerdotes e comerciantes, a população era composta de camponeses e pastores. Assim, se explicam as inscrições gravadas nas primeiras plaquetas de barro descobertas na região da Suméria, no sítio do grande templo da cidade de
Uruk. As “
plaquetas de Uruk” são constituídas de listas, relações, de sacos de grãos, de cabeças de gado, estabelecendo uma espécie de contabilidade do templo.

Os primeiros símbolos escritos são, pois, de contas agrícolas. Outras plaquetas informam sobre a organização social dos sumerianos. Assim, fica-se sabendo que a comunidade religiosa do templo de Lagash empregava 18 padeiros, 31 cervejeiros, sete escravos, um ferreiro, etc. Constata-se também que os povos sumerianos inventaram não somente a moeda, mas também o empréstimo, o crédito.
Enfim, graças às plaquetas encontradas nas escolas sumerianas instaladas nos templos, trazendo de um lado o modelo estabelecido pelo mestre, e, do outro, a cópia executada pelo aluno, pôde-se refazer as diferentes fases da evolução da escrita cuneiforme. (para continuar lendo
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Não deixe de ler o próximo artigo, UMA INVENÇÃO DOS DEUSES, a ser postado em breve.
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