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    HISTÓRIA DA ARTE - Por Que Isso é Arte? e A Imaginação


    Por que isso é arte?” “O que é arte?” Poucas perguntas provocarão polêmica mais acesa e tão poucas respostas satisfatórias. Embora não cheguemos a nenhuma conclusão definitiva, podemos ainda assim lançar alguma luz sobre estas questões. Para nós, arte é, antes de mais nada, uma palavra, uma palavra que reconhece quer o conceito de arte, quer o fato de sua existência. Sem a palavra, poderíamos até duvidar da própria existência da arte, e é um fato que o termo não existe na língua de todas as sociedades. No entanto, faz-se arte em toda a parte. A arte é, portanto, também um objeto, mas não é um objeto qualquer. A arte é um objeto estético, feito para ser visto e apreciado pelo seu valor intrínseco. As suas características especiais fazem da arte um objeto à parte, por isso mesmo muitas vezes colocado à parte, longe da vida cotidiana, em museus, igrejas ou cavernas. E o que se entende por estético? A estética costuma ser definida como “o que diz respeito ao que é belo”.

    É claro que nem toda a arte é bela aos nossos olhos, mas não deixa por isso de ser arte. Na falta de um termo melhor, teremos de nos contentar com o termo estético, embora ele não satisfaça inteiramente. A estética, enquanto ramo da filosofia, tem preocupado os pensadores desde Platão aos nossos dias, mas, tal como todas as questões filosóficas, talvez os problemas levantados pelo “belo” sejam inerentemente insolúveis. Durante o século passado, a estética tornou-se também objeto de estudo da psicologia, mas também aí não se chegou a nenhum consenso. Por que será assim? Por outro lado, as pessoas por esse mundo afora fazem sensivelmente os mesmos juízos fundamentais, pois os nossos cérebros e sistemas nervosos são os mesmos. Mas, por outro lado, o nosso gosto e as nossas opções são exclusivamente condicionados pela cultura em que estamos inseridos, e as culturas são tão diversificadas que se torna impossível reduzir a arte a um conjunto de regras suscetíveis de serem aplicadas em toda a parte. As leis da investigação “científica” no campo da percepção visual só têm validade quando o artista também conhece as teorias e as aplica conscientemente. Caso contrário, as leis pouco ou nada nos ajudam a compreender obras de arte “externas”. Parece assim impossível definir qualidades absolutas em arte, não havendo como escapar à necessidade de apreciar as obras de arte no contexto do seu tempo e cincunstancialidade, sejam eles quais forem. Nem poderia ser de outra maneira, quando a arte continua a ser criada à nossa volta, abrindo-nos quase todos os dias os olhos a novas experiências e obrigando-nos a reajustar as nossas percepções.



    A IMAGINAÇÃO

    Todos nós sonhamos. É a nossa imaginação trabalhando. Imaginar quer dizer simplesmente criar uma imagem – um quadro – no nosso espírito. E não são os seres humanos os únicos a terem imaginação. Até os animais sonham. O gato, dormindo, mexe as orelhas e a cauda, o cão geme, rosna e agita as patas como se estivesse lutando. Mesmo acordados, os animais “vêem” coisas. Sem qualquer motivo aparente, o pêlo do gato eriça-se todo quando o bicho espreita para dentro de um armário escuro, tal como nós por vezes sentimos um arrepio causado por fantasmas que não vemos nem ouvimos. Mas é claro que há uma diferença profunda entre a imaginação humana e a animal. Só o homem é capaz de usar a imaginação para contar histórias ou pintar. A necessidade de fazer arte é exclusivamente humana. Nenhum outro animal jamais desenhou espontaneamente uma imagem reconhecível como tal. De fato, as únicas imagens produzidas por animais foram em laboratórios, sob controle rigoroso, e dizem-nos mais acerca do investigador do que da arte.

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    Este artigo está no tópico - Arte Universal

    O próximo artigo desta série é A CRIATIVIDADE e A ORIGINALIDADE

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