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    Acreditar ou não no Deus da Bíblia -Pascal


    Este é o 2º Artigo da série Pensamentos de Pascal. O primeiro foi:

    Contra a Indiferença dos Ateus

    O AUTOR


    Blaise Pascal nasceu em Clermont, no dia 19 de junho de 1623. Filho de Etienne Pascal e Antoinette Begon, ficou órfão de mãe aos três anos de idade. Suas extraordinárias qualidades de inteligência, reveladas desde os primeiros anos da infância, tornaram-se todo o orgulho do pai de Pascal, que quis encarregar-se pessoalmente de sua educação.


    O jovem Pascal manifestou, desde logo, um pendor excepcional pelas matemáticas, a tal ponto que, segundo sua irmã Gilberte, chegou a descobrir os fundamentos da geometria euclidiana. Aos dezesseis anos de idade, escreveu um tratado de tal profundeza que se dizia não ter sido escrito outro, depois de Arquimedes, que se lhe pudesse comparar. Esse tratado despertou o entusiasmo de Descartes. Enquanto isso, continuava Pascal os seus estudos do latim e do grego, nos quais seu pai o havia iniciado, e, nos intervalos, dedicava-se também à lógica, à física, à filosofia. Aos dezoito anos de idade, inventou uma máquina de calcular.

    Aos vinte e três, já era senhor de imenso cabedal científico, tendo descoberto várias leis sobre a densidade do ar, o equilíbrio dos líquidos, o triângulo aritmético, o cálculo das probabilidades, a prensa hidráulica, etc


    Numa reviravolta incrível, Pascal tornou-se profundamente religioso, renunciou a todos os seus conhecimentos e, passando a viver solitariamente, internado na abadia de Port-Royal, dedicou-se exclusivamente à defesa do cristianismo.

    Toda a vida de Pascal é tida como um grande exemplo de sofrimento resignado e de piedade. Morreu com trinta e nove anos, no dia 19 de agosto de 1662

    O QUE É MAIS VANTAJOSO: ACREDITAR OU NÃO ACREDITAR NO DEUS DA BÍBLIA?


    Nossa alma está lançada no corpo, no qual acha número, tempo, dimensões. Raciocina sobre isso e lhe dá o nome de natureza, necessidade, sem poder acreditar em outra coisa.

    A unidade agregada ao infinito em nada o aumenta, do mesmo modo que um pé a uma medida infinita. O finito se aniquila em presença do infinito e se torna um simples zero. Assim o nosso espírito diante de Deus; assim a nossa justiça diante da justiça divina. Não há tão grande desproporção entre a nossa justiça e a de Deus como entre a unidade e o infinito (4)

    É preciso que a justiça de Deus seja enorme como a sua misericórdia: ora, a justiça para com os réprobos é menos enorme e deve aliviar menos do que a misericórdia para com os eleitos.

    Sabemos que há um infinito e ignoramos a sua natureza, assim como sabemos que é falso que os números sejam finitos; é, pois, verdade que há um infinito em número, mas não sabemos o que ele é. É falso que seja par, é falso que seja ímpar; porque, acrescentando-lhe a unidade, ele não muda de natureza: no entanto, é um número, e todo número é par ou é ímpar; isso é verdadeiro para todos os números finitos.

    Pode-se, pois, saber que existe um Deus sem saber o que ele é. Conhecemos, pois, a existência e a natureza do finito, porque somos finitos e extensos como ele.
    Conhecemos a existência do infinito e ignoramos sua natureza, porque ele tem extensão como nós, mas não tem limites como nós. Não conhecemos, porém, nem a existência nem a natureza de Deus, porque ele não tem extensão nem limites.

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