As Obras da Carne conforme aparecem em Gálatas 5.19-21
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ERIS
Contendas – porfias- rixas – luta – dissenção – disputas – outras traduções (Rm 1.29; 1Co 1.11; 2Co 12.20).
Pode-se dizer que ECHTHRA e ERIS têm uma ligação muito grande uma com a outra. ECHTHRA, inimizade, é um estado e atitude da mente para com outras pessoas; e ERIS, dissenção, é o resultado na vida real desse estado mental.
ERIS aparece três vezes em Eclesiástico como uma das coisas que dilaceram a vida: “Uma luta repentina acende o fogo, uma discussão precipitada derrama sangue” (Ecle 28.11). Furor, inveja, perturbação, agitação, medo da morte, ressentimento, lutas (Ecl. 40.5) são os males da vida humana bem como a morte, o sangue, a luta e a espada, miséria, fome, tribulação, calamidade (Ecle 40.9).
No grego secular, ERIS é uma palavra vívida. Em Homero e Hesíodo, Contenda é uma deusa repugnante. Contenta, aquela que chama à batalha as hostes, diz Homero (ilíada 20.48); ele coloca juntos a Contenda e o Tumulto e t tétrica Morte (Ilíada 18.535). Hesíodo conta como a mortífera Noite tornou-se mãe de Nêmesis para afetar os homens mortais, e, depois, do Engano e da Amizade, da Velhice odiosa e da Contenda de coração endurecido (Hesíodo: Theogonia 225). Para os gregos, ERIS, a deusa da Contenda, era uma das forças mais malignas da vida, produtora da violência e da morte.
ERIS aparece na ciência grega primitiva como uma das forças fundamentais, essenciais e indestrutíveis do universo. Todas as coisas, disse Heráclito a respeito dos processos naturais da natureza e do mundo, acontecem mediante a luta e a necessidade (Frag 215). E Aristóteles escreve a respeito dos pontos de vista de Heráclito: “Heráclito repreende o autor daquela linha: ‘Oxalá a contenda fosse destruída de entre os deuses e os homens’, porque não haveria escala musical a não ser que existissem as notas agudas e baixas, nem serer vivos sem a fêmea e o macho, que são opostos entre si” (Aristóteles: Ética e Êudemo 1235 a 25).
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