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    A Tirania do Tempo


    Ec 3.1-15
    “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu:
    Há tempo de nascer, e tempo de morrer;
    Tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou;
    Tempo de matar, e tempo de curar;
    Tempo de derribar, e tempo de edificar;
    Tempo de chorar, e tempo de rir;
    Tempo de prantear, e tempo de saltar de alegria..."

    Talvez “tirania” seja uma palavra forte demais para o moderado fluxo e refluxo descrito com essas palavras, o qual nos leva durante a vida inteira de uma atividade a outra oposta, e de volta novamente àquela. A descrição é agradável, com uma variedade de humor e de ação, revelando diferentes ritmos em nossas ocupações. Agrada-nos o ritmo, pois quem gostaria de uma primavera perpétua ("tempo de plantar", mas nunca de colher), ou quem invejaria o homem de negócios que não dorme?

    No contexto de uma busca de finalidade, no entanto, este movimento de cá para lá e de lá para cá não é nada melhor do que um círculo vicioso, e, além disso, traz consigo suas próprias conseqüências perturbadoras. Uma delas é que nós dançamos ao som de uma música, ou de muitas delas, que não foram compostas por nós; a segunda é que nada do que buscamos tem alguma permanência. Atiramo-nos a uma atividade qualquer que nos dê satisfação, mas com que liberdade escolhemos? Dentro de quanto tempo estaremos fazendo exatamente o oposto? Talvez as nossas escolhas nem sejam mais livres do que as nossas reações diante do inverno e do verão, ou da infância e da velhice, ditadas pela marcha do tempo e por mudanças espontâneas.

    Vista desta forma, a repetição “tempo... e tempo” – começa a tornar-se opressiva. Seja qual for a nossa capacidade e iniciativa, o nosso verdadeiro senhor parece ser a inexorável mudança das estações: não apenas as que...
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