Aquele que não conhece Deus o Espírito,
não pode conhecer Deus de modo algum. (THOMAS ARNOLD)
não pode conhecer Deus de modo algum. (THOMAS ARNOLD)
Quando falamos sobre pessoas usamos pronomes pessoais como eu, tu, ele e ela. Naturalmente, há ocasiões quando tais palavras são usadas para indicar objetos impessoais ou coisas. Usamos termos no masculino ou feminino para nos referir a coisas como embarcações, carros ou igrejas. Normalmente isso é feito de maneiras claramente reconhecíveis. A personificação também é um instrumento útil nas expressões poéticas.
Entretanto, quando as Escrituras usam pronomes pessoais para indicar o Espírito Santo, elas o fazem em passagens que não são poéticas, mas narrativas e didáticas. Lemos em Atos 13.2:
E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me agora a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.
Observamos aqui o uso das palavras me e eu (oculto, dentro da frase "a que (eu) os tenho chamado", atribuídas ao Espírito Santo. Também notamos de passagem que, nesse texto, o Espírito Santo fala e dá instruções inteligíveis e intencionais. Observamos uma ocorrência similar em João 15.26:
Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim.
Aqui Jesus, se refere ao Espírito Santo usando as palavras que e esse. Alguns estudiosos poderão replicar que, neste texto, a palavra grega para Consolador não está no gênero masculino e que, de acordo com as regras da gramática, o pronome deve concordar com o substantivo quanto ao gênero. Entretanto, há uma cláusula intercalada, ("o Espírito da verdade, que") que usa o gênero neutro para indicar o Espírito. Se o escritor sagrado quisesse dar a entender que o Espírito deveria ser pensado como uma força impessoal e neutra, não havia razão alguma para usar o pronome masculino esse em conjunção tão próxima com um substantivo neutro.
Se essa questão não é muito clara no capítulo quinze do evangelho de João, ela fica clara como cristal, em João 16.13:
Quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará as coisas que hão de vir.
Não há neste texto bíblico qualquer razão gramatical para se usar o pronome masculino, ele, a menos que Jesus tencionasse declarar, nesta passagem didática, que o Espírito Santo é uma pessoa.
SOMOS CHAMADOS A UM RELACIONAMENTO PESSOAL COM O ESPÍRITO SANTO
Entretanto, quando as Escrituras usam pronomes pessoais para indicar o Espírito Santo, elas o fazem em passagens que não são poéticas, mas narrativas e didáticas. Lemos em Atos 13.2:
E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me agora a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.
Observamos aqui o uso das palavras me e eu (oculto, dentro da frase "a que (eu) os tenho chamado", atribuídas ao Espírito Santo. Também notamos de passagem que, nesse texto, o Espírito Santo fala e dá instruções inteligíveis e intencionais. Observamos uma ocorrência similar em João 15.26:
Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim.
Aqui Jesus, se refere ao Espírito Santo usando as palavras que e esse. Alguns estudiosos poderão replicar que, neste texto, a palavra grega para Consolador não está no gênero masculino e que, de acordo com as regras da gramática, o pronome deve concordar com o substantivo quanto ao gênero. Entretanto, há uma cláusula intercalada, ("o Espírito da verdade, que") que usa o gênero neutro para indicar o Espírito. Se o escritor sagrado quisesse dar a entender que o Espírito deveria ser pensado como uma força impessoal e neutra, não havia razão alguma para usar o pronome masculino esse em conjunção tão próxima com um substantivo neutro.
Se essa questão não é muito clara no capítulo quinze do evangelho de João, ela fica clara como cristal, em João 16.13:
Quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará as coisas que hão de vir.
Não há neste texto bíblico qualquer razão gramatical para se usar o pronome masculino, ele, a menos que Jesus tencionasse declarar, nesta passagem didática, que o Espírito Santo é uma pessoa.
SOMOS CHAMADOS A UM RELACIONAMENTO PESSOAL COM O ESPÍRITO SANTO
A Bíblia nos convida a crer no Espírito Santo. Somos batizados em seu nome, bem como no do Pai e do Filho. O Espírito Santo é um objeto de oração. Os crentes não devem dirigir-se a "coisas" em suas orações. Fazer isso seria idolatria. Devemos nos dirigir exclusivamente a Deus, que é um ser pessoal.
A bênção apostólica, nas páginas do Novo Testamento, inclui referência à comunhão e ao companheirismo com o Espírito Santo:
A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós (2 Co 13.14).
O Novo Testamento exorta-nos a não pecarmos contra o Espírito Santo, a não resistirmos ao Espírito Santo e a não entristecermos o Espírito Santo. Ele nos é apresentado como uma pessoa a quem podemos agradar ou ofender, que pode amar e ser amado e com quem podemos ter comunhão pessoal.
O ESPÍRITO SANTO REALIZA TAREFAS PESSOAIS
O Espírito Santo se relaciona conosco como uma pessoa. Ele faz coisas por nós e em nosso favor, coisas essas que, normalmente, associamos a atividades pessoais. Ele nos ensina. Ele nos consola. Ele nos guia. Ele nos encoraja.
Essas atividades podem ser realizadas, ocasionalmente, por objetos impessoais. Os marinheiros podem ser "guiados" pelas estrelas. Podemos ser consolados ao contemplar um belo pôr-do-sol. Mas o consolo derivado de tal contemplação baseia-se na suposição, consciente ou inconsciente, de que, por detrás do pôr-do-sol existe a pessoa do artista que o criou. Também podemos ser "ensinados" quando observamos objetos naturais, mas tão somente por meio de analogias.
A maneira como o Espírito Santo consola, guia, ensina, etc, é uma maneira pessoal. Quando ele realiza essas tarefas, a Bíblia as descreve como atividades do Espírito, que envolvem inteligência, vontade, sentimentos e poder. O Espírito também perscruta, seleciona, revela e admoesta. As estrelas e o pôr-do-sol não agem dessa maneira.
Em suma, concluímos que se o Espírito Santo pode ser amado, adorado, obedecido, ofendido, entristecido, ou se podemos pecar contra ele, é porque ele deve ser uma pessoa.
Mas permanece de pé a pergunta: O Espírito Santo é uma pessoa distinta? Ele possui uma personalidade que pode ser distinguida da personalidade de Deus Pai ou da personalidade de Deus Filho? Todas as qualidades pessoais que a Bíblia atribui ao Espírito Santo realmente se referem à personalidade do Pai, sendo o Espírito apenas um aspecto dele?
Essas perguntas de imediato levantam o problema de como devemos pensar acerca de Deus. Nós cremos em um Deus ou em três Deuses? A difícil e misteriosa idéia da Trindade intromete-se em nossa maneira de pensar desde o instante em que começamos a pensar no Espírito Santo como uma pessoa distinta. Faz parte da fé clássica da Igreja que o Espírito Santo não somente é uma pessoa; ele é, igualmente, uma pessoa divina; ele é Deus.
Robert Charles S
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