Sou pobre de espírito? Que sinto, realmente, acerca de mim mesmo, quando penso em mim segundo a revelação de Deus e na presença de Deus?... quais são as coisas de que costumo falar, quais são as coisas sobre as quais costumo orar, quais são as coisas em que gosto de pensar com relação a mim mesmo?
Que coisa mesquinha é esta jactância pelas coisas acidentais e pelas quais não sou responsável, essa jactância pelas coisas artificiais e que nada pesarão naquele grande dia em que estaremos perante Deus! Este “eu” tão sem valor! Aquele hino de Lavater expressa perfeitamente o ponto: “Diminui cada vez mais este pobre ego meu” e “Ó Jesus Cristo, cresce Tu em mim”.
Como, pois, uma pessoa torna-se “pobre de espírito”? A resposta é: Não olhe para você mesmo, não comece tentando fazer coisas para você mesmo. Esse foi o grande erro do monasticismo. Aqueles coitados diziam: “Devo afastar-me da sociedade, devo castigar a minha carne e suportar a dureza, devo mutilar o meu corpo”. Não, não. Quanto mais você fizer isso, mais cônscio de si mesmo estará, e menos “pobre de espírito”.
Olhe para Deus. Leia o Livro que fala dEle, leia a Sua lei, procure saber o que Ele espera de nós, ponha-se em contemplação diante dEle. É necessário também olhar para o Senhor Jesus Cristo e vê-lO como O vemos nos evangelhos.
Quanto mais fizermos isso, mais compreenderemos a reação dos apóstolos, naquela ocasião em que, olhando para Ele e para um feito que acabara de realizar, disseram ao Senhor: Conseguimos expulsar demônios e pregar a Tua palavra, mas agora sentimos que nada possuímos; aumenta-nos a fé...
Olhe para Ele; fique olhando para Ele. Olhe para os heróis da fé, olhe para as pessoas que mais se deixaram encher e usar pelo Espírito Santo. Mas acima de tudo, volte a olhar para Ele.
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