Uma das palavras mais
amadas pelo homem é “liberdade!” – Há uma característica em todos os hinos
nacionais, eles falam sempre da liberdade de um povo, sua independência...
Poucas palavras soam tão bem aos ouvidos humanos como “liberdade” – Olhe todos
os comerciais na televisão, internet... eles nos dizem que se tivermos o
automóvel certo, a casa certa, o bairro certo, a roupa certa, a aparência
certa, voar na companhia aérea certa, agir de determinado modo... você se
sentirá mais livre.
Todo o mundo a nossa
volta explora isso – Políticos, empresários, publicitários, vendedores,
filósofos... todos sabem usar “liberdade” para atrair não só a atenção, mas
também o interesse. Poucas palavras tem tão grande peso – fale sobre liberdade,
diga que um homem é livre... e logo você é ouvido.
A Bíblia também fala em
liberdade abundantemente – “A verdade vos libertará” – João 8.32 – “Para a
liberdade que Cristo nos libertou” – Gálatas 5.1 – Liberdade não é apenas um
tema onipresente nas mídias, é o tema do evangelho de Cristo. Mas é aqui que
tem início um grande problema.
Infelizmente duas ideias
completamente diferentes e opostas de liberdade se confundem na mente da
maioria das pessoas. Grande parte dos cristãos abraçam as definições da
cultura. Em que sentido Cristo nos libertou e nos chamou a liberdade? Como isso
difere das promessas da cultura na músicas, em Hollywood, na literatura...?
No centro, no coração
do evangelho – brota a “estranha” verdade de que a liberdade só é encontrada ao
se desistir de tudo que a cultura secular apregoa como liberdade.
Agostinho (Tagaste, 13
de novembro de 354 - Hipona, 28 de agosto de 430 ), o grande pai da igreja,
ensinou que a verdadeira liberdade não é uma escolha ou falta de restrição, mas
ser o que você foi destinado para ser. Os seres humanos foram criados a imagem
de Deus. Liberdade verdadeira, então, não é encontrada no afastamento dessa
imagem, isso é escravidão. Quanto mais perto estamos da imagem de Cristo, do
que Ele é, mais livre nos tornamos. Quando mais distante dessa imagem, menos
livre. Totalmente diferente dessa imagem, como é nosso mundo e cultura,
totalmente escravos somos.
Na perspectiva cristã,
liberdade, de maneira paradoxal, é um tipo de escravidão! Mas a liberdade que a
cultura fala, é a mais terrível escravidão. O pecado escraviza produzindo
desejos irresistíveis. Na verdade, ele escraviza
fazendo qualquer coisa parecer mais desejável que Cristo – essa é a
essência do pecado. Desejar algo mais que Cristo e ir nessa direção. O que
nossa cultura entende então da liberdade bíblica? Nada! Mas muitos cristãos quando falam de liberdade estão apenas
sendo um eco do mundo. Um eco que ouvimos bem alto nas redes sociais... ecoando
a cultura do mundo disfarçando-a de cristianismo – “Prometendo-lhes liberdade, sendo eles mesmos escravos da corrupção.
Porque de quem alguém é vencido, do tal faz-se também servo”. - 2 Pedro 2:19
Só existem duas classes
de pessoas neste mundo, e é fundamental você saber a qual você pertence. O
apóstolo Paulo ensina como aferir isso sem sombra de dúvidas – “Não sabeis vós
que a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois escravos
daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a morte, ou da obediência para a
justiça? Mas graças a Deus que, tendo sido escravos do pecado...” - Romanos
6:16-17
Quem é seu mestre?
Todos servem um ou ao outro. Quem é o seu?
Paixões? Desejos que
controlam e mostram que Cristo não é o desejo dominante diante do qual todas as
coisas que podem ser perdidas – (começando no homem centrado em si mesmo,
opiniões desejo... EGO) – são esterco?
Então a Bíblia diz – É Satanás!
E se assim é, o pecado é o teu serviço. Você sacia os desejos da carne, aprecia
a concupiscência dos olhos e ama e anda na soberba da vida – focado no que a
cultura diz ser sinais de status.
Se assim é, então este
mundo é a tua casa. E ele é suficiente para você. Se você pudesse ter saúde,
dinheiro, não morrer... você não precisaria de mais nada – Você preferiria ter
sua parte em Nova York do que no Paraíso!
Se esse é o seu mestre,
você ama o pecado ( só não gosta quando ele traz algum sofrimento) – Você segue
a multidão, cede a carne, e tudo isso tiraniza sua consciência e afetos. O “deus”
deste mundo trabalha em você e você é escravo (João 8.24). Ele governa sobre
você. Leva cativa a tua vontade. Você não sabe nada sobre liberdade – está amarrado
nos grilhões do pecado – mas você grita – “sou livre!” – e há até mesmo um “evangelho”
que acredita na liberdade do homem. Mas de fato você anda com seu mestre – e de
maneira honesta e dura Cristo diz: “Vós tendes por pai ao diabo, e quereis
satisfazer os desejos de vosso pai.” - João 8:44
De quem você é escravo?
Isso define se você é livre segundo Deus ou segundo a cultura. Cristo ou
Satanás? Pertencer a ambos é impossível. Por isso Cristo é claro – “Vocês não
podem servir a Deus e a Mamom”.
Quem tem seu coração? O
que enche teus pensamentos? Quem forma teus hábitos? Se Cristo é de fato teu
mestre – Ele terá todos os teus afetos. Se você espera nele, santidade é o teu
deleite: “E qualquer que nele tem esta
esperança purifica-se a si mesmo, como também ele é puro.” - 1 João 3:3
Em torno de quê os teus
pensamentos se agrupam? Seus atos e grande objetivo é agradar a quem? Mera
profissão de fé não prova nada – mas a obediência. Se a vontade de Cristo é
nossa lei, se seus preceitos nos guiam, se o sorriso de Cristo é valorizado por
nós em detrimento do sorriso do mundo, se apenas a aprovação de Cristo é
procurada antes de qualquer outra coisa... não há dúvida, Ele é nosso Mestre e
nessa “escravidão” somos livres!
Misturar as definições
de liberdade da cultura e a do evangelho é o maior de todos os enganos. Você é
totalmente livre - completamente livre, quando você tem
(1) desejo,
(2) a capacidade
(3) e a oportunidade de fazer o que ainda vai
fazer você feliz em mil anos.
Cristo nos livra da
condenação do pecado, tornando-se uma condenação em nosso lugar. "Cristo
nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós" - Gálatas
3:13 . E ele nos liberta da dominação
e poder do pecado mudando a nossa
natureza na raiz através do novo nascimento. E a essência dessa liberdade é que
Deus nos dá olhos para ver que nosso Salvador é mais desejável do que qualquer
coisa no mundo.
Quando nossos pecados
são perdoados e a ira de Deus é levado embora, e nós vemos Jesus como um
tesouro maior que todo o mundo, nos levando a santificação, a santidade... que
é a imagem do que Ele é, estamos livres tanto da condenação quanto do domínio
do pecado. Somos livres de fato.
Não se admire, então,
que eu pressione você com a pergunta: "De quem você é escravo?"
“Não sabeis vós que a
quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem
obedeceis, ou do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça?” - Romanos
6:16