"Eram teus e Tu
mos deste a Mim" – João 17.6 – João saboreia em
seus escritos essa verdade estupenda, que cada verdadeiro cristão, cada homem
que de fato foi regenerado, é um dom de amor do Pai ao Filho. Esse é um
pensamento maravilhoso. Um dom do Pai para o Filho – “Tu deste para mim” –
Cristo mesmo disse: “Ninguém vem a Mim se o Pai que me enviou não o trouxer”.
Em João 6 versos 37,
39, 44... Jesus fala de cada verdadeiro crente como um dom de amor do Pai. Ele
diz: “Todo aquele que o Pai me dá, esse vem a mim, e eu de maneira nenhuma o
lançarei fora... não perderei nenhum deles, mas os ressuscitarei no último dia.
Quando o Pai lhe dá como um dom de amor ao Filho, este é um dom eterno. Assim
Jesus está orando por eles:
Em João 10, Jesus está
falando sobre suas ovelhas e Ele diz, no versículo 27: "As minhas ovelhas
ouvem a minha voz, e eu as conheço pelo nome e elas me seguem – Isso é tão
claro e tão maravilhoso: “Eu lhes dou a vida eterna e elas jamais perecerão,
ninguém pode arrebatá-las da minha mão” – Por que? “Meu Pai, que me deu é maior
do que todos, e ninguém é capaz de arrancá-las de Suas mãos”.
Então Ele ora por eles:
“Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo,
mas por aqueles que me deste, porque são teus.” - João 17:9 – Esses que Ele ama, Ele ama até o fim e sem fim.
Sem
começo – Você era amado em Cristo antes da fundação do
mundo (Ef 1.4 – compare com João 17.23,24) – e todos os afetos do Deus trino em
sua direção foram sempre ligados a Cristo, que era o seu representante antes
dos tempos eternos. Cristo sempre esteve com seus olhos nos seus: O seu amor é
eterno (Jeremias 31.3).
Um
grau superlativo – Cristo é tido como um exemplo de amor
extravagante: “Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a sua vida
pelos seus amigos” (João 15.13).
Não
só declarado, mas demonstrado – Muitos falam de amor
mas nunca chegam ao verbo – não amam. Mas Cristo não só fala de seu amor por
aqueles que o Pai lhe deu, Ele o demonstra de inúmeras maneiras. Como João
encorajou os santos: “Não amemos de palavra, nem de língua, mas por obras e em
verdade” (1 João 3.18) – assim Cristo mostra um amor que está em obras e em
verdade.
Provado
além de qualquer dúvida – Há momentos em que a nossa
confiança no amor de Cristo pode ser abalada, para nossa grande vergonha, mas
assim que olhamos para a cruz, podemos dizer como Paulo, Ele “me amou e se
entregou por mim” (Gl 2.20). A cruz bane qualquer possibilidade de não
descansar no ser eterno amor.
Além
do conhecimento humano – É um oceano sem limites, a visão
humana é pobre e fica ainda mais empobrecida diante da sua imensidão – uma amor
que ultrapassa todo o entendimento (Ef 3.19).
Não
derrotado pelo pecado – Pecado é repulsivo e repugnante ao um
grau infinito por um Deus santo – esse é o grande obstáculo que o amor deve
superar – ( 1Pe 4.8) – mas a custo de sua vida santa, pelos que o Pai lhe deu,
o amor de Cristo não deixa de superá-lo, e não pôde ser derrotado por ele. Pelo
contrário, é em face do pecado que o amor mostra a sua verdadeira profundidade:
“Porque Cristo, estando nós ainda fracos,
morreu a seu tempo pelos ímpios. Porque apenas alguém morrerá por um justo;
pois poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer. Mas Deus prova o seu amor para
conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” - Romanos 5:6-8
Paga
o resgate completo pelo amado – Para adquirir
aqueles sobre os quais o Pai lhe deu e que tinham sido preparados para o seu
amor, o Filho pagou tudo o que era necessário. O Bom Pastor disse: “Eu dou a
minha vida pelas ovelhas” (João 10.15). O sangue deve ser derramado, a vida
deve ser dada, e Cristo não conteve ou protegeu nada de si mesmo ao fazer
expiação por aqueles que eram objeto do seu amor eterno.
Um
interesse incessante em clamor – Muitas vezes o amor
se esvai – grandes e fervorosas declarações de amor dão lugar a manifestações
mornas com o tempo. Mas não com Cristo: Ele vive sempre pare interceder por seu
povo, por aqueles que são um dom do Pai a Ele (Hebreus 7.25). Tendo morrido por
eles, ele vive por eles, e eles são objeto constante de suas perfeitas orações.
Você pode imaginar que o Senhor do céu, o Criador... tem orado por você hoje?
É
o fundamento de nossa certeza – Ele nos assegura
absolutamente esse amor. Cristo é o fundamento da nossa certeza, o cabo que nos
une para sempre a Deus: “Quem nos
separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a
fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Como está escrito: Por amor de ti
somos entregues à morte todo o dia; Somos reputados como ovelhas para o
matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele
que nos amou. Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos,
nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, Nem a
altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do
amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.” - Romanos 8:35-39 – Ou seja, tendo sido
amado na eternidade, não é possível deixar de ser tão amado no tempo e na
eternidade futura.
Amor
que não ignora o pecado em nós – “Eu repreendo e castigo a todos quantos amo” - Apocalipse 3:19 – Um
amor que não se importa com a presença do pecado no seu objeto não é realmente
amor – seria como estar feliz pelo objeto do seu amor viver na imundície
abjeta.
Produz
santidade – O amor que repreende e castiga o pecado no objeto do seu amor,
positivamente leva-o a santidade. Esses são meios usados para produzir
santidade objetiva na vida do objeto do Seu amor. O objetivo e sermos
participantes de Sua santidade: “Porque o
Senhor corrige o que ama, E açoita a qualquer que recebe por filho. Se
suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o
pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos
participantes, sois então bastardos, e não filhos. Além do que, tivemos nossos
pais segundo a carne, para nos corrigirem, e nós os reverenciamos; não nos
sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, para vivermos? Porque aqueles, na
verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas este,
para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade.” - Hebreus
12:6-10
Durará
para sempre – É um amor eterno (Jeremias 31.3) –
que se estende não só para a eternidade passada, mas para a eternidade futura. Jamais deixaremos de ser amados por Cristo.
Quando Cristo voltar os mortos ressuscitarão primeiro, e “depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com
eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o
Senhor.” - 1 Tessalonicenses 4:17 – Para
sempre com o Senhor! Aquele que nos amor e se entregou por nós!
Quem de fato entendeu
isso, gasta toda a sua vida em sacrifício vivo santo e agradável a Deus. Se
deliciando num santo viver que sobe como um cheira suave a Deus ( Romanos
12.1,2) – Você tem uma percepção verdadeira desse amor – isso é mostrado em
como isso se expressa. Aumenta nossa gratidão numa imensidão crescente e sem
limites: “Por isso te digo que os seus
muitos pecados lhe são perdoados, porque muito amou; mas aquele a quem pouco é
perdoado pouco ama.” Lucas 7:47
Esse amor tem te levado
a um espanto humilde? Você pode dizer como João: “Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; e os
seus mandamentos não são pesados.” - 1
João 5:3
Ser tão amado obrigatoriamente nos leva a colocar todo nosso amor naquele que nos ama: “Nós
o amamos porque ele nos amou primeiro” ( 1 João 4.19) - Recebemos agora cada dia como uma oportunidade
de manifestar nosso amor por Ele: “Aquele
que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me
ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele.” - João 14:21
Como Paulo temos que
dizer: “Porque o amor de Cristo nos
constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo todos
morreram.” 2 Coríntios 5:14
Realmente te
constrange? Então você é um dom de amor do Pai para o Filho, e isso é tão
eterno, como eterna é a Trindade.