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    Por que Deus deveria impedir a guerra e nos dar paz?






     Quão direto vai ao ponto as palavras de Martyn Lloyd-Jones:


    "Por que Deus deveria impedir a guerra? (por que o mundo e a sociedade deveriam ter paz?) Além da razão teórica que Deus deveria impedir a guerra porque é má... não pode haver dúvida de que a verdadeira razão pela qual as pessoas esperam que Deus impeça a guerra e dê paz social, é que elas desejam um estado de paz e sentem que têm o direito de viver em um estado de paz. 


    Mas isso imediatamente levanta uma questão, que, em certo sentido, é a questão fundamental em relação a todo este assunto. Que direito temos nós a paz? Por que desejamos a paz? Quantas vezes, eu me pergunto, se nós enfrentamos essa questão? Não tem sido a nossa tendência tomar por certo que temos o direito a um estado e condição de paz? Será que não paramos para perguntar qual é o real valor e finalidade e função da paz? . . . Não é o suficiente desejarmos paz meramente para que possamos evitar o sofrimento... O negócio, a razão principal do homem na vida é servir e glorificar a Deus. É para isso que ele foi criado. É por isso que o dom da vida foi dado a ele. É por isso que estamos aqui na Terra. Todas as outras coisas são subservientes a isso - todos os dons e os prazeres que Deus nos dá tão livremente. . .


    Mas é essa a nossa razão para desejar a paz? Essa é a razão pela qual desejamos a paz na sociedade e nações? É esse o motivo real em nossas orações para e pela paz? Merecemos a paz? Temos justificativas em pedir a Deus para preservar a paz e a conceder a paz? E se a guerra vem, e se sociedade e nações não tem paz, é porque não estavam aptos para a paz, porque não merecem a paz, porque nós pela nossa desobediência, impiedade e pecaminosidade, de maneira completa temos abusado das bênçãos de paz! Temos o direito de esperar em Deus para preservar um estado de paz apenas para permitir que homens e mulheres continuem uma vida que é um insulto ao seu santo Nome? "  - Martyn Lloyd-Jones (Londres, 1939)


    Motivos, motivos, motivos... Por que queremos paz?