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    Será que Deus me chamou?







    Jesus sabia que grande parte dos que eram seus seguidores nominalmente não poderiam suportar tudo o que aguardava (e aguarda hoje) os seus verdadeiros discípulos.

    Eles estavam centrados em um momento em que Ele era “popular”, não sabiam que Ele seria crucificado, que de fato Ele era o Servo Sofredor... esperavam que Ele seria o Rei de Israel... o triunfalismo  e a ideia de segui-lo como resposta a todas as suas aflições e necessidades terrenas era a mola propulsora daquela multidão.

    O Salvador sabia que os dias sombrios se aproximavam ( que também todos os seus discípulos enfrentarão aflições – na verdade essa é uma promessa feita a eles pelo próprio Cristo ) – que, como diz Paulo, “importa que por muitas tribulações entremos no Reino de Deus”.

    A cruz estava próxima. Cristo sabia que mesmo os verdadeiros discípulos naquela multidão, o abandonariam a princípio, e fugiriam. Então Ele lhes diz: “Você deve estar preparado para carregar a cruz, você deve estar preparado para me seguir no meio do escárnio, vergonha e opróbrio, e se você não está pronto para isso, o ideia de que você é discípulo e o seu discipulado é um erro e um engano”.

    Testes de veracidade não devem ser criados por nós... mas eles existem... Jesus diz, sem a cruz, sem negar a si mesmo, é impossível você ser meu discípulo.

    "Se alguém vier a mim, e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, sim, e também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo.", Lucas 14:26

    Se e veracidade de nosso cristianismo deve ser pesada na balança um dia, e se queremos que ele se mostre verdadeiro, autêntico... ele deve ter passado pelo calvário agora: “Saiamos, pois, a ele fora do arraial, levando o seu vitupério.” -  Hebreus 13:13

    Qual, então, é a “despesa?”...  A resposta é dada por nosso Salvador, e não por mim. Nenhum homem jamais deve se atrever a inventar tais testes. Nisso temos que ser apenas um eco de Sua voz e nada mais. Mas não menos também. O que Ele diz?

    Em primeiro lugar, Ele diz que se você de fato é dEle e tem Sua salvação, você deve amá-lo além de qualquer outra pessoa neste mundo.

    Quão profundo é o significado da expressão que Ele usa: “Se alguém vem a mim e não odeia seu pai e sua mãe...” Nomes queridos! “Pai e mãe!” Nomes que tocam um acorde emocionante em nosso peito e emocionam nosso ser. No entanto, infinitamente mais poderoso é o nome do Salvador, o nome de Jesus. Amá-lo muito não basta, não deve haver amores rivais, e o amor com que amamos outros deve ser um eco desse amor por Ele, o que se for verdade, jamais se tornará um impeditivo para a lealdade absoluta ao amor a Ele.

    Ele exige prioridade também em relação ao ser tão próximo a nós, que se tornou nossa carne – Amada “esposa ou esposo”. Aqui Ele toca outro ponto nevrálgico do nosso coração – você não pode buscá-lo para ele fazer seu casamento maravilhoso como se Ele estivesse a serviço do seu casamento. O oposto é a verdade.

    Nosso casamento deve estar prostrado aos pés do nosso Rei e não nosso Rei ser servo de nosso casamento. Não é nosso casamento que nos faz completos e felizes, mas Cristo. Ser solteiro nessa vida não seria uma vida menos feliz ou incompleta (Cristo nunca casou e foi o protótipo de tudo que o homem deve ser em plenitude de alegria em tudo que o Pai é...). Na eternidade não se casa e não se dá em casamento... e no entanto, será a vida plena e perfeita. Isso nos ensina que o casamento é uma maravilhosa benção para nossa vida – mas é uma benção efêmera – apenas do tempo e não da eternidade. Não é ele que constrói nossa personalidade eterna ou felicidade plena. É apenas um linda benção do tempo. Então não deve tomar o lugar principal. Devemos olhar nosso casamento e verdadeiramente ver se ele é um ídolo. Nossa casamento deve se  prostrar em serviço a Cristo e não o oposto.

    E Cristo acrescenta “filhos”  - que benção são nossos filhos. Mas também são bênçãos efêmeras. Bênçãos do tempo. Ouvi-los nos chamar de pai e mãe pela primeira vez... que música linda é para nossos corações. Mas essa não é a música sublime para nossos corações. Jamais devem ficar entre o Salvador e nós. Jamais devemos achar que Cristo serve para nossos filhos, e sim que, criamos nossos filhos para Cristo, para sua glória, motivo pelo qual foram criados.

    Nosso chamado não é para criar filhos “bem-sucedidos” mundanos. Eles existem para a glória de Cristo e se assim não existirem, nossa lealdade jamais poderá estar dividida. Devemos criá-los na “disciplina do Senhor” – nada melhor poderíamos dar a eles que isso – mas a causa de fazermos isso é o Senhor!
    Então se segue “irmãos, amigos...”

    Tenho medo de que muitos cristãos professos estejam completamente despreparados para isso. O “cristianismo” de nossos dias leva as pessoas ao pensamento oposto – Busco Deus por causa da felicidade que vem do casamento, família, romance, filhos, amigos... para que Deus possa me ajudar no que de fato me faz feliz e pleno.

    Cristo não é central. Tudo é visto como bom depois de consultar em como isso me ajuda naquilo que me faz feliz, e não Cristo. A pergunta não tem sido – “Todas essas coisas tem impedido minha vida de brilhar mais para a glória de Cristo?” A pergunta tem sido: “Como Cristo pode me ajudar nisso tudo que me faz feliz?”

    Ao olhar para os filhos, a verdade de Cristo tem sido minimizada. Muitos dizem: “Meus meninos (meninas) estão crescendo e devem ter diversão, devem experimentar os prazeres da mocidade...” – e então, justificamos seus caminhos pecaminosos.

    Isso não pode ser verdade sobre nossas vidas se de fato somos discípulos de Cristo. Tudo, por mais querido que seja, deve ser colocado diante da preciosidade infinita que é Cristo para nós.  Tudo, em última análise, deve estar pronto para ser “abandonado” quando colocado diante do Amado de nossa alma: "Se alguém vier a mim, e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, sim, e também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo.", Lucas 14:26

    O chamado de fato nos leva até onde foi o salmista: “Ouve, filha, e olha, e inclina os teus ouvidos; esquece-te do teu povo e da casa do teu pai.” - Salmos 45:10

    E quando amamos Cristo assim, nossas famílias estão muito mais seguras e próximas, quando ainda não aconteceu, de serem levadas a ter Cristo como o Amado de suas almas. Nosso amor por eles é mais verdadeiro quando esse amor flui do nosso amor absoluto por Cristo. E então você estará pronto para sofrer ( não compreensão...) por parte daqueles que são ligados a você pelos laços mais queridos... Não podemos ceder nesse ponto, nossa determinação é invencível – venha ódio ou venha amor, devemos seguir a Cristo.