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    A obediência num mundo consagrado a desobediência torna inevitável a batalha.




    O que torna o céu tão feliz? Um único fato, tudo o que enche os corações de todas as criaturas, cada batida do coração está sincronizada em um único ritmo – Agradar a Deus!! É a vida no deleite de apenas existir para desfrutar de Sua glória em obediência feliz e eterna.


    Se este é o que torna o céu em céu, se isto é todo o gozo da eternidade, que tipo de alegria pode nos fazer solidamente feliz agora na terra? A mesma coisa! Todos os medos e ansiedades da vida aqui fluem de estarmos concentrados em agradar a nós mesmos.


    Será que isso vai agradar a Deus? Esse devia ser sempre o primeiro pensamento diante de cada situação ou oportunidade que o dia nos traga. Deus se deleitará com este pensamento? Deus se deleitará com essas palavras que estou pronunciando? Deus se deleitará nesta ação que agora pratico? Essa emoção que estou sentindo glorifica a Deus?


    Agostinho dizia que os “cristãos devem ser um ‘aleluia’ da cabeça aos pés” – Agora, sem fazer perguntas sinceras a nós mesmos isso é impossível. Este prazer e alegria faz o obediência algo doce, traz o céu, sua felicidade para a vida. Matthew Henry disse que a alegria santa é o óleo que lubrifica as rodas de nossa obediência.


    Apesar da vida nesse mundo para aqueles que foram regenerados ser uma luta constante, essa alegria lubrifica as engrenagens que nos mantém prosseguindo para o alvo.  O combate deve continuar.  A obediência num mundo consagrado a desobediência torna inevitável a batalha, mas o óleo da alegria o torna o bom combate. Os inimigos são muitos, são poderosos, são astutos, são incansáveis... Mesmo assim, o que torna o céu feliz e o mesmo que torna o homem feliz aqui. O bom combate é também o combate da obediência, é o combate feliz! Os inimigos se escondem em cada canto. Eles estão no meio da multidão e também estão em nossas casas com as portas fechadas.


    Olhe para o mundo – Seus laços, suas seduções, suas artes sedutoras, seus sorrisos, seu escárnio, suas ameaças... o deleite do céu ( que o faz feliz ), precisa ser o deleite na terra se a batalha há de ser ganha. Cada vez que aquilo que rouba o deleite em Deus é derrotado aqui na terra, renova o assalto e renova o assalto... Se o deleite na obediência não tiver esse poder divina de perpetuação, o combate já não será bom. Deus necessariamente deve ser a coisa mais preciosa em quem tenho todo o meu deleite.


    Assim, falar, sentir e agir sem considerar antes se estamos agradando a Deus ou não, será o assassino da alegria do céu na terra. Pensar assim é a caminho natural do homem regenerado porque Deus deu nosso ser, nos redimiu do pecado e da condenação, nos chamou tão somente por graça e tem nos abençoado com toda a sorte de bênçãos espirituais em Cristo... Você não pode glorificá-lo se em tudo o objetivo não for agradá-lo. Se eu ou você perdermos isso de vista, nós perdemos tudo.


    A oração que Cristo nos ensinou: “Seja feita a tua vontade na terá como é feita no céu” – é estranha para o coração ansioso que não tem sua alegria em Deus. “Seja feita a tua vontade” é um mau agouro para aqueles que cultuam a própria vontade como caminho para a felicidade.


    Só a alegria do céu ( obedecer, agradar, ser, existir de fato para a glória de Deus) na terra, faz o coração na terra ansiar pelo céu. O Céu só é a concretização do desejo de quem experimenta a alegria de viver para agradar a Deus agora! E isto é assim porque no céu todo pecado  será excluído (o que desejamos agora), toda tentação banida, todos as possibilidades de desagradar a Deus será enterrada em um túmulo insondável, toda possibilidade de incredulidade será desfeita, o conhecimento de Deus será perfeito, estaremos partilhando a glória de nosso Senhor em toda a sua plenitude.


    Almejando Cristo em tudo aqui, desejamos o céu minuto a minuto – pois Jesus é a coroa do céu! O auge da felicidade! É a glória do reino sem fim! Um céu sem nuvens! Cristo contemplado e admirado por todos os olhos ali presentes. Esse regozijo agora é que faz com que triunfemos nas circunstâncias. Walter Cradock disse algo fundamental sobre homens assim, ele disse: “Pegue um santo, coloque-o sob quaisquer circunstâncias, e ele saberá se regozijar no Senhor” – Essa é uma verdade a teu respeito?


    Se Cristo é a coroa do céu, deve ser a coroa de nossa vidas na terra! O que devemos ter aqui deve ser o mesmo do céu em sua natureza, apesar de não ser em sua plenitude – Contemplar a beleza manifestada dele, que é totalmente desejável. Contemplar o abismo de mistérios de sua vontade redentora. Mergulhar nas profundezas de Seu coração insondável. Compreender tudo que Cristo é ( Aqui veremos em parte – mas então veremos face a face). Nunca O perder de vista. Sentir que essa alegria é minha para sempre.


    Então enfrente os inimigos. Segure sua espada com mãos firmes. Use o escudo que Ele te deu. Sinta a firmeza do capacete da salvação. Brade corajosamente na terra da tua peregrinação o Nome de seu grande líder.
    A luta está acabando!!!


    “Para que possais andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda a boa obra, e crescendo no conhecimento de Deus” -  Colossenses 1:10


    Soli Deo Gloria!! – Josemar Bessa