Nada há tão
desesperador no mundo como a bancarrota da perspectiva não-cristã da vida.
Charles Darwin no fim da vida confessou que o resultado de haver concentrado
sua atenção em um único aspecto da vida foi que perdeu a capacidade de apreciar
a poesia e a música, e, em grande medida, perdeu até a capacidade de apreciar a
natureza. Pobre Darwin. . . O fim de H. G. Wells foi bem parecido. Ele, que
havia dado tanto valor à mente e ao entendimento humano, e que havia
ridicularizado o cristianismo com suas doutrinas do pecado e da salvação, no
final da vida confessou-se frustrado e confuso.
O próprio título de seu
último livro — Mind at the End of iís Tether (Mente Sem Mais Recursos) — dá
eloqüente testemunho em prol do ensino bíblico sobre a tragédia que caracteriza
o fim dos ímpios. Ou considere a frase da autobiografia de um racionalista como
o dr. Marret, que foi diretor de uma faculdade, em Oxford... «Para mim, porém,
a guerra pôs repentino fim ao longo verão de minha vida. Daí em diante, não
tenho mais nada para ver pela frente senão o frio outono e o inverno mais frio
ainda, e, contudo, devo esforçar-me de algum modo para não perder o ânimo».
A morte dos ímpios é
coisa terrível. Leia as biografias deles. Passam os seus dias de esplendor. Não
têm diante de si nenhuma expectativa bem-aventurada, e, à semelhança do que
ocorreu ao falecido Lord Simon, procuram alento revivendo seus idos sucessos e
triunfos.
No Livro de Provérbios
lemos que «o caminho dos perversos é como a escuridão». «Mas a vereda dos
justos é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia
perfeito» (Provérbios 4.19,18). Que glória! . . .ouça então ao apóstolo
"Paulo (2 Timóteo 4.6-8).
Uma das mais soberbas
apologias feitas por João Wesley, dos seus primeiros metodistas, era esta:
«Nossa gente morre bem» ... A Bíblia, em toda parte, nos exorta a que
ponderemos sobre o nosso «derradeiro fim» . . . Renda-se a Cristo e confie nEle
e no Seu poder. . . E o fim será glorioso.
Faith on Trial, p. 51-3 - Martyn Lloyd-Jones