Vivemos numa época em
que muitos na igreja confundem pensamento positivo e otimismo com fé. Mas é sutil, ao olharmos para
os problemas da vida, da sociedade, da igreja... acharmos que o otimismo
simplesmente é a chave...
Quem tem menos chance
de sobreviver a um campo de prisioneiros de guerra? Provavelmente nenhum de nós
experimentou tal situação... Quem tem menos chance de sobreviver?
Um otimista!
Espere antes de
discordar. Segundo o general Stockdale, que foi mantido em cativeiro por oito
anos durante a Guerra do Vietnã e foi torturado inúmeras vezes antes de
finalmente ser liberto e voltar para casa, foi principalmente – quase em sua
totalidade – os otimistas que não saíram de lá vivos.
Que explicação ele dá
para isso? Ele diz: “Eles foram os únicos que disseram – ‘Nós vamos estar em
casa até o Natal'. E o natal chegava e nada tinha acontecido. Então eles diziam, ‘Nós
vamos estar em casa até a Páscoa’. E a Páscoa chagava e nada. ‘Estaremos em
casa até o dia de Ações de Graças...’ Nada! E então seria no Natal novamente...
E eles morreram de um coração partido e desiludido”
Mero otimismo é
completamente diferente do que podemos chamar de fé realista: - “Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos;
se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, ou vivamos ou morramos,
somos do Senhor.” - Romanos 14:8
Em completo contraste
com o que podemos chamar de falso otimismo, Stockdale atribui a sua
sobrevivência a fé realista. Ele diz: “Você nunca deve confundir a fé que você
por fim pode prevalecer sobre aquela situação, com o “otimismo” que faz esvair
toda a disciplina para enfrentar os fatos mais brutais de sua realidade atual,
seja o que ela possa ser no momento”.
Isso que é que podemos chamar de O Paradoxo Stockdale – A fé supera o
otimismo! Ou seja, abandonar a ideia que é apenas uma miragem no deserto. Que
temos balas de prata para matar o monstro... que tudo simplesmente vai se
ajustar... mas que somos chamados a perseverar em meio as aflições – “Sabendo que a prova da vossa fé opera a
paciência” - Tiago 1:3 – “...e nos
gloriamos na esperança da glória de Deus. E não somente isto, mas também nos
gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência, E a
paciência a experiência, e a experiência a esperança.” - Romanos 5:2-4
Devemos aplicar esse princípio as nossas vidas, nossos ministérios... Muitas vezes tudo que os
cristãos fazem é entreter otimismo sem fim na “próxima grande coisa” – na próxima
“grande estratégia” – no próximo “grande método” – no próximo “grande avanço”...
em suas vidas, igrejas... A consequência é o aumento do número de cristãos,
pastores, igrejas... desiludidos. Como disse Stockdale, “morrendo de corações
partidos”.
Só podemos evitar isso
abandonando todo otimismo centrado na próxima grande coisa, ministério,
personalidade... no próximo grande sermão, técnica, estratégia,
contextualização, filme, música... achando que isso será o ponto de virada para corrigir nossa vida, igreja... Tudo isso nos tira da realidade e por fim
explode em nossa cara.
Devemos enfrentar a
realidade brutal em nossas vidas, em nossas famílias, em nossas igrejas, em
nossa sociedade... Tendo uma fé inabalável na Palavra de Deus. Na Sua promessa
que não pode falhar de que ela nos fará perseverar: “Ora, àquele que é poderoso
para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria,
perante a sua glória” - Judas 1:24 – Irá edificar a Sua igreja: “...edificarei
a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” - Mateus 16:18 – Fará tudo cooperar para o bem
daqueles que Ele chamou soberanamente: “E sabemos que todas as coisas
contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são
chamados segundo o seu propósito.” - Romanos 8:28 – Quer vivamos, quer morramos: “Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos;
se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, ou vivamos ou morramos,
somos do Senhor.” - Romanos 14:8
Otimismo não é fé. Mas
a fé é otimista.






