Spurgeon num
distante 5 de Novembro de 1865.
“Levanta o que nada é do pó e do monturo... para
o fazer assentar com os príncipes, mesmo com os príncipes do seu povo.” - Salmos
113: 7-8.
Leitura adicional: 1
Pedro 1: 3-9.
Ah! A alegria de ser
cristão! Eu sei que a ideia do mundo é que somos pessoas miseráveis. Se você lê
as páginas da história, os escritores falam dos Cavalheiros ingleses como pessoas alegres, como homens
de espírito elevado e alegria transbordante; mas os pobres Puritanos, como são
retratados por esses historiadores? Andando pelo mundo, parecendo tão
terrivelmente miseráveis, que era uma pena, segundo esses historiadores, se eles
tivessem que ir para o inferno realmente,
porque, segundo eles, os Puritanos tinham
tido o suficiente de tormento aqui mesmo!
Agora, esta conversa é
falsa, ou na melhor das hipóteses é uma caricatura grosseira. Os hipócritas
entre cristãos verdadeiros, naquela época, como hoje, usavam um rosto longo e
um semblante pesaroso, mas entre os grandes Puritanos o que se via era uma face
cuja santa alegria e deleite não poderia ser encontradas iguais e sequer podia
ser sonhado ou compreendido por aqueles pobres sorridentes tolos que vibravam ao redor do rascunho de
homem sem coração realmente feliz, cuja hipocrisia o levara ao trono inglês e
ao redor dele.
A alegria dos
cavalheiros nobres era o crepitar de espinhos debaixo de seus pés... mas uma
alegria profunda e inextinguível morava no peito daqueles homens que pisotearam
os altivos que matavam os santos de Deus em fogueiras...
Muito acima do riso dos
galantes do tribunal que os condenavam, foi a alegria poderosa e profunda daqueles que cavalgaram
no campo vitorioso cantando ao Senhor que os havia feito triunfar gloriosamente
mesmo quando condenados a morte. Eles os chamavam de "Homens de ferro",
e eles eram, eles tinham corações de aço, que jamais se encolhiam no dia do
perigo, que jamais esqueciam a chama de alegria mesmo quando o aço brilhava no
brilho do sol da aflição.
Acredite-me, seja lá qual
for a situação, nós, os que confiamos em Jesus, somos as pessoas mais felizes do
mundo, nem sempre visivelmente pelo mundo estão nossas razões, pois alguns de
nós estão sendo profundamente maltratados, torturados e levados para as
profundezas da pobreza e desprezo, e o
mundo não pode enxergar a fonte da alegria de homens assim, nesta condição,
mas, interiormente, de verdade, a alegria do nosso coração poderia encher o
mundo todo até transbordar.
Para meditação: não
precisamos escolher entre pureza e alegria, santidade e alegria, como se fossem
opostos ou alternativas; o cristão pode experimentar uma santidade alegre e uma
alegre santidade – na verdade, a santidade é nossa alegria – parecer com Cristo
é nosso deleite (Salmo 19: 8; Mateus 5: 8, 12; Filipenses 4: 4, 8, 10; 1 Pedro
1: 6, 8, 22).
Tirado e adaptado do
Sermão nº 658 – Pregado na Manhã de Domingo, 5 de Novembro de 1865 no
Tabernáculo Metropolitano por Charles Haddon Spurgeon.
Traduzido e adaptado
por http://www.josemarbessa.com/