Temos nos tornado
rapidamente uma sociedade pornográfica. Ao longo da última década, as imagens
explicitamente sexuais se fixaram em praticamente todos os nichos da vida.
A produção e venda de
pornografia agora representa uma das maiores indústrias de nossos dias. A
pornografia é um gigante corporativo global. A indústria de entretenimento para
adultos entrou no mainstream do capitalismo quando a revista Playboy chegou às
bancas de jornal em 1953. Hoje, dezenas de bilhões de dólares são gerados pela
indústria adulta. De acordo com a Free Speech Coalition, é o segmento de
crescimento mais rápido do mercado adulto na Internet. A pornografia na
Internet é um negócio de US$ 3 bilhões por ano.
A pornografia é uma
promessa sussurrada no ouvido... prometendo: "mais sexo, sexo melhor, sexo sem
fim, sexo sob tua demanda, orgasmos mais intensos, experiências de
transcendência..."
Há seis décadas, CS
Lewis descreveu bem o vazio e o engano dessa "promessa sussurrada" em
uma carta aconselhando um jovem num tópico relacionado – ( The
Collected Letters of C.S. Lewis, Volume 3: Narnia, Cambridge, and Joy, 1950 –
1963 )
“Isso envia o homem de
volta para a prisão de si mesmo, lá ele mantém um harém de noivas imaginárias.
E este harém, uma vez admitido, trabalha contra o sair de si mesmo e realmente
se unir com uma mulher real. Pois o harém está sempre acessível, sempre
subserviente, não exige sacrifícios nem ajustes e pode ser dotado de atrações
eróticas e psicológicas que nenhuma mulher real pode rivalizar. Entre essas “noivas
sombrias”, ele sempre é adorado, sempre o amante perfeito: nenhuma exigência é
feita de altruísmo, nenhuma mortificação imposta a sua vaidade. No final, elas (
noivas sombrias do seu harém imaginário ) se tornam meramente o meio através do
qual ele adora a si mesmo. . . . E não é apenas a faculdade de amor que é assim
esterilizada, forçada para si mesmo, mas também a faculdade de imaginação que é
corrompida e serve a si mesmo como auto-adoração.”
E, no entanto, nosso
Criador nunca pretendeu que nossa sexualidade fosse separada da alegria face a
face do compromisso da Aliança. O resultado dessa busca de um “harém imaginário”
não é um prazer aumentado, mas a destruição espiritual e a dor que se estende para
todas as áreas da vida e atinge todos – os que consomem e os que não consomem
pornografia.
As pessoas na tela não
são "imaginárias" - são
imagens de Deus exploradas com o propósito de lucro – Como vimos, um negócio de
3 bilhões de dólares por ano só na internet:
"Você é visto como um objeto e não como um ser humano com um
espírito", de acordo com uma ex-participante dessa insústria: "Você é
um número".
Para aqueles que são
casados, esse "harém de noivas imaginárias" degrada a esposa que Deus
deu para uma vida que O glorifica na Aliança. Dois sociólogos ( Não cristãos,
religiosos...) escreveram um grande livro (Oxford University Press), um livro
empírico, um livro científico. Mark Regnérus e Jeremy Uecker. É chamado Premarital Sex in America: How Young Americans Meet,
Mate, and Think about Marrying. É uma espécie de um instantâneo de toda cultura de
nossos dias.
Entre muitos outros
tópicos, eles argumentam que todas as mulheres estão cada vez mais sendo
forçadas a se acomodar ao comportamento sexual ditado pela indústria da
pornografia.
Uma das coisas que se
ouve o tempo de pessoas que consomem pornografia ( homens casados, por exemplo
), é que isso não afetará seus relacionamentos. É a “sua coisa” privada. Dizem:
“Não vai realmente vai afetar meus relacionamentos”. Mark Regnérus e Jeremy Uecker
contrariam isso e dizem o contrário, "a Pornografia agora afeta
praticamente a relação de todos." Todo mundo, não apenas as pessoas que
usam a pornografia! "A pornografia afeta agora praticamente a vida de
todos."
Eles dizem três coisas
que eles provam empiricamente.
Primeiro, as pessoas
que usam pornografia têm expectativas irreais sobre a aparência física e
desempenho sexual do cônjuge, por exemplo. Pois a pornografia define como as
coisas devem ser.
Em segundo lugar, eles
dizem que um número significativo de usuários pornográficos masculinos experimentam
uma tolerância pequena para as dificuldades de relacionamentos reais, e isso tem
diminuído a possibilidade de casamento para as mulheres.
Em terceiro lugar, o
que consome pornografia quer reproduzir as fantasias e depravações da indústria
pornográfica no leito conjugal.
Se você sabe ou não,
como eu disse, todas as mulheres estão
cada vez mais sendo forçadas a se acomodar ao comportamento sexual ditado pela
indústria da pornografia.
A indústria da moda
está fazendo isso.
Seu cônjuge está
fazendo isso.
Outras pessoas estão
fazendo isso.
Mulheres estão cada vez
mais obrigadas a acomodar os comportamentos sexuais e suas aparências em
imagens e estilo da pornografia. A
destruição da pornografia se estende diretamente às esposas, às mulheres... Não
é uma coisa privada, como muitos tentariam afirmar que é.
E isso se espalha para
cada aspecto da vida... por exemplo:
A imoralidade sexual realmente
leva as pessoas a aprovar a insensibilidade sobre outras pessoas e crueldade?
Essa é uma lógica
perversa, o homem finge não vê-la – Muitos defendem a imoralidade sexual e o
valor do ser humano – mas isso na prática se mostra uma realidade oposta.
Num programa de debates
recente, grandes intelectuais da atualidade estavam discutindo as várias
revoluções sexuais ocorridas na sociedade ocidental desde o Iluminismo no
século XVIII até hoje. Sem perceber, esses intelectuais começaram a dar um tiro
no próprio pé do liberalismo sexual que defendiam.
A discussão acabou
chegando no ponto em que a “liberdade” sexual geralmente tem um efeito
desastroso sobre as crianças. Os intelectuais reconheceram que as crianças
sempre são as “vítimas” das revoluções sexuais. Eles afirmaram que as crianças
sofrem “emocionalmente” as aventuras sexuais de seus pais, que na verdade, no
século XVIII, por exemplo, um grande número de filhos ilegítimos foram expostos
a uma existência vil ao serem abandonados para morrer em orfanatos mal
equipados onde, sofrimento, abusos, crueldade, morte... eram o comum. Russeau,
considerado um dos principais filósofos do iluminismo, encheu esses lugares com
um grande número de seus próprios filhos ilegítimos...
Os próprios
intelectuais no debate chegaram a conclusão que as revoluções sexuais sempre
machucam incontáveis pessoas, destrói a família, leva a insensibilidade com a vida, como por exemplo o aborto... E
tudo isso deriva de uma noção equivocada ocidental de que o sexo é apenas um
assunto de interesse privado do indivíduo.
Mas no fim do debate
daqueles intelectuais, houve uma mudança rápida de tom. Isso aconteceu porque
eles perceberam que estavam indo contra a liberalidade que eles mesmos
defendiam. Contra a evidência que eles mesmos mostraram, foram para o lado
oposto. Porque eles na verdade tinham o propósito de dizer que “revoluções
sexuais” eram coisas boas. Então tiveram que dizer no fim que apesar do grande
dano feito a sociedade, aos mais fracos como as crianças, a família, a
destruição do tecido social... os “revolucionários” sexuais eram louváveis
porque promoviam “mudanças” e “alargavam fronteiras”. Eis a declaração final
deles contra a própria conclusão lógica que haviam chegado:
“Apesar disso tudo acho
que a liberdade sexual é melhor do que a repressão sexual”
Qual é o resumo dessa
lógica absurda? É a “liberdade!” O que mais importa, segundo eles, segundo a
mentalidade de nossa sociedade hoje, é que temos liberdade para dar curso aos
nossos desejos. Liberdade para fazer o que quisermos. Liberdade das normas
sociais, e acima de tudo, liberdade para viver como se Deus não existisse. Isso
significa que o sofrimento é o preço que achamos justo. As pessoas mais
vulneráveis irão sofrer, outros serão terrivelmente afetados, emocionalmente e
de todas as formas possíveis, crianças serão abortadas, crianças crescerão sem
lar... nossos filhos terão a carregarão ao longo da vida cicatrizes emocionais,
crianças serão abandonadas para morrer, a sociedade terá que arcar com o custo
social daquilo que diziam ser algo privado e não da conta de ninguém... Mas
assim seja. Esse é o preço da nossa “liberdade”.
Paulo, quando começa
anunciar o evangelho, dá o primeiro passo inevitável, uma anatomia do pecado (
Romanos 1.18-32). O pecado é, na sua essência, uma supressão da Verdade.
Essa supressão da
verdade segue uma progressão lógica:
A rejeição a Deus:
“Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho
manifestou. Porque as suas coisas
invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua
divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas,
para que eles fiquem inescusáveis; Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o
glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se
desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu” - Romanos 1:19-21
A rejeição a Deus leva
a adoração da criação: “Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. E mudaram a
glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de
aves, e de quadrúpedes, e de répteis” - Romanos 1:22-23 – O homem corruptível
passou a ser a medida de todas as coisas.
Em seguida vem a
degradação sexual: “Por isso também Deus os entregou às concupiscências de seus
corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si; Pois mudaram a
verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o
Criador, que é bendito eternamente. Amém. Por isso Deus os abandonou às paixões
infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à
natureza. E, semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da
mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, homens com
homens, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao
seu erro” - Romanos 1:24-27
Um sentimento perverso
reina em cada homem pelo desprezo da Verdade:
“E, como eles não se importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus
os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convêm;
Estando cheios de toda a iniqüidade, prostituição, malícia, avareza, maldade;
cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade” - Romanos 1:28-29
A família entra em
colapso: “Sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores,
soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais e às mães” -
Romanos 1:30
Temos então loucura,
infidelidade, crueldade e desumanidade: “Néscios, infiéis nos contratos, sem
afeição natural, irreconciliáveis, sem misericórdia” - Romanos 1:31
Depois, há a supressão
definitiva da verdade: a promoção descarada dos pecados cometidos por outros:
“Os quais, conhecendo a justiça de Deus (que são dignos de morte os que tais
coisas praticam), não somente as fazem, mas também consentem aos que as fazem”
- Romanos 1:32
À primeira vista,
porém, essa progressão lógica pode parecer um pouco arbitrária. Porém, ao
olharmos como hoje a pornografia afeta toda a sociedade, vemos que essa é a única
descrição fiel da realidade.
Paulo encerra dizendo:
“Sendo murmuradores,
detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos,
inventores de males, desobedientes aos pais e às mães; Néscios, infiéis nos
contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis, sem misericórdia; Os quais,
conhecendo a justiça de Deus (que são dignos de morte os que tais coisas
praticam), não somente as fazem, mas também consentem aos que as fazem” -
Romanos 1:30-32.
Quando vimos C. S.
Lewis descrevendo pornografia como auto-adoração, podemos ver quão preciso ele
foi:
“Isso envia o homem de
volta para a prisão de si mesmo, lá ele mantém um harém de noivas imaginárias.
E este harém, uma vez admitido, trabalha contra o sair de si mesmo e realmente
se unir com uma mulher real. Pois o harém está sempre acessível, sempre
subserviente, não exige sacrifícios nem ajustes e pode ser dotado de atrações
eróticas e psicológicas que nenhuma mulher real pode rivalizar. Entre essas “noivas
sombrias”, ele sempre é adorado, sempre o amante perfeito: nenhuma exigência é
feita de altruísmo, nenhuma mortificação imposta a sua vaidade. No final, elas (
noivas sombrias do seu harém imaginário ) se tornam meramente o meio através do
qual ele adora a si mesmo. . . . E não é apenas a faculdade de amor que é assim
esterilizada, forçada para si mesmo, mas também a faculdade de imaginação que é
corrompida e serve a si mesmo como auto-adoração.”
O homem corruptível fazendo de si a medida de tudo, criou um inferno: “Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu” - Romanos 1:19-21