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    Apolo e Dafne - Mitologia


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    O lodo com que as águas do dilúvio recobriram a Terra acarretou uma excessiva fertilidade, que produziu enorme variedade de coisas, boas e más. Entre elas, surgiu Píton, uma serpente enorme, terror do povo, que se refugiou nas cavernas do Monte Parnaso. Apolo matou-a com suas setas – armas que não usara antes senão contra fracos animais, como lebres, cabras monteses e outras semelhantes. Para comemorar essa grande vitória, ele instituiu os jogos píticos, nos quais o vencedor nas provas de força, rapidez na carreira ou nas corridas de carro era coroado com uma grinalda de folhas de faia, pois o loureiro ainda não fora escolhido por Apolo como sua planta predileta.

    A famosa estátua de Apolo do Belvedere representa o deus depois de sua vitória sobre a serpente Píton. Byron assim alude ao fato no “Childe Harold”:


    O potente senhor do arco certeiro,
    Deus da vida, da luz e da poesia,
    O sol, em forma humana apresentado,
    Radioso com o triunfo no combate,
    Partiu agora mesmo a seta ultriz.
    Nos olhos, nas narinas, se desenham
    O desdém, a altivez própria de um deus.



    Apolo e Dafne

    Dafne foi o primeiro amor de Apolo. Não surgiu por acaso, mas pela malícia de Cupido (Eros na Mitologia Grega). Apolo viu o menino brincando com seu arco e suas setas e, estando ele próprio muito envaidecido com sua recente vitória sobre Píton, disse-lhe:

    - Que tens a fazer com armas mortíferas, menino insolente? Deixe-as para as mãos de quem delas sejam dignos. Vê a vitória que com elas alcancei, contra a vasta serpente que estendia o corpo venenoso por grande extensão da planície! Contenta-te com tua tocha, criança, e atiça tua chama, como costumas dizer, mas não te atrevas a intrometer-te com minhas armas.

    O filho de Vênus (Afrodite na mitologia Grega) ouviu essas palavras e retrucou:

    - Tuas setas podem ferir todas as outras coisas, Apolo, mas as minhas podem ferir-te.

    Assim dizendo, pôs-se de pé numa rocha do Parnaso e tirou da aljava duas setas diferentes, uma feita para atrair o amor; outra, para afastá-lo. A primeira era de ouro e tinha a ponta aguçada, a segunda, de ponta rombuda, era de chumbo. Com a seta de ponta de chumbo, feriu a ninfa Dafne, filha do rio-Deus Peneu, e com a de ouro feriu Apolo no coração. Sem demora, o deus foi tomado de amor pela donzela e esta sentiu horror à idéia de amar. Seu prazer consistia nas caminhadas pelos bosques e na caça. Muitos amantes a buscavam, mas ela recusava a todos, passeando pelos bosques, sem pensar em Cupido nem em Himeneu. Seu pai muitas vezes lhe dizia: “Filha, deves dar-me um genro, dar-me netos”. Temendo o casamento como a um crime, com as belas faces coradas, ela se abraçou ao pai, implorando: “Concede esta graça, pai querido! Faze com que eu não me case jamais!”. (Para continuar lendo, clique AQUI)
    Este artigo faz parte do Tópico MITOLOGIA
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