Quem quer que tenha feito a coletânea dos salmos em um só volume, seja Esdras ou alguma outra pessoa, parece ter colocado este Salmo no início à guisa de prefácio, no qual o autor inculca a todos os piedosos o dever de se meditar na lei de Deus. A suma e substância de todo o Salmo consistem em que são bem-aventurados os que aplicam seus corações a buscar a sabedoria celestial; ao passo que, os profanos desprezadores de Deus, ainda que por algum tempo se julguem felizes, por fim terão o mais miserável fim.
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"Bem-aventurado é o homemque não anda segundo o conselho dos ímpios nem se detém na vereda dos pecadores, nem se assenta junto com os escarnecedores. Seu deleite, porém, está na lei de Jehovah; e em sua lei medita dia e noite" (v. 1,2).
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1. Bem-aventurado é o homem - A intenção do salmista, segundo expressei acima, é que tudo estará bem com os devotos servos de Deus, cuja incansável diligência é fazer progresso no estudo da lei divina. Já que o maior contigente do gênero humano vive sempre acostumado a escarnecer da conduta dos santos como sendo mera ingenuidade e a considerar seu labor como sendo total desperdício, era de suma importância que o justo fosse confirmado na vereda da santidade, pela consideração da miserável condição de todos os homens destituídos da benção de Deus e da convicção de que Deus a ninguém é favorável senão àqueles que zelosamente se devotam ao estudo da verdade divina. Além do mais, como a corrupção sempre prevaleceu no mundo, a uma extensão tal que o caráter geral da vida humana nada mais é senão um perene afastar-se da lei de Deus, o salmista, antes de declarar a ditosa sorte dos estudantes da divina lei, os admoesta a se precaverem para não se deixar levar pela impiedade da multidão que os cerca. Começando com uma declaração que revela sua aversão pelos perversos, ele nos ensina quão impossível é para alguém aplicar sua mente à meditação na lei de Deus, se antes não recuar e afastar-se da sociedade dos ímpios. Eis aqui sem dúvida uma... (Para continuar clique aqui).
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