Calisto foi outra jovem que provocou o ciúme de Juno (Hera, na mitologia Grega), que a transformou numa ursa.
- Acabarei com aquela beleza que cativou meu marido – disse a deusa.
Calisto caiu apoiada nas mãos e nos joelhos. Tentou estender os braços numa súplica: eles já estavam começando a se cobrir de pêlo negro. As mãos arredondaram-se, armaram-se de garras aduncas e tornaram-se patas; a boca, cuja beleza Júpiter costumava exaltar, transformou-se num horrível par de maxilas; a voz que se não fosse mudada inspiraria piedade aos corações tornou-se um rugido, próprio a inspirar o terror. Contudo, sua antiga disposição permaneceu e, continuando a gemer, Calisto deplorou seu destino e mantinha-se tão ereta quanto podia, erguendo as patas para implorar mercê, e sentia que Jove era cruel, embora não pudesse dizê-lo. Ah! Quantas vezes, temerosa de ficar nos bosques sozinha a noite inteira, vagueava pelas vizinhanças de sua antiga morada! Quantas vezes, amedrontada pelos cães, ela, até tão pouco tempo caçadora, fugia aterrorizada, dos caçadores! Quantas vezes fugia das feras, esquecendo-se de que, agora, não passava ela mesma de uma fera! E, embora sendo ursa, tinha medo dos ursos.
Um dia, um jovem a viu, quando estava caçando. Ela também o viu e nele reconheceu o próprio filho, agora homem. Parou, tendo vontade de abraçá-lo. Ao se aproximar, o jovem, assustado, ergueu a lança de caça e ia trespassá-la, quando Júpiter, vendo o que se passava, impediu a consumação do crime e afastou os dois, colocando-os no céu, transformados na constelação da Ursa Maior e da Ursa Menor. (Para continuar, clique AQUI)
Este texto está no tópico - Mitologia
O próximo artigo a ser postado é DIANA E ACTÉON
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Calisto caiu apoiada nas mãos e nos joelhos. Tentou estender os braços numa súplica: eles já estavam começando a se cobrir de pêlo negro. As mãos arredondaram-se, armaram-se de garras aduncas e tornaram-se patas; a boca, cuja beleza Júpiter costumava exaltar, transformou-se num horrível par de maxilas; a voz que se não fosse mudada inspiraria piedade aos corações tornou-se um rugido, próprio a inspirar o terror. Contudo, sua antiga disposição permaneceu e, continuando a gemer, Calisto deplorou seu destino e mantinha-se tão ereta quanto podia, erguendo as patas para implorar mercê, e sentia que Jove era cruel, embora não pudesse dizê-lo. Ah! Quantas vezes, temerosa de ficar nos bosques sozinha a noite inteira, vagueava pelas vizinhanças de sua antiga morada! Quantas vezes, amedrontada pelos cães, ela, até tão pouco tempo caçadora, fugia aterrorizada, dos caçadores! Quantas vezes fugia das feras, esquecendo-se de que, agora, não passava ela mesma de uma fera! E, embora sendo ursa, tinha medo dos ursos.
Um dia, um jovem a viu, quando estava caçando. Ela também o viu e nele reconheceu o próprio filho, agora homem. Parou, tendo vontade de abraçá-lo. Ao se aproximar, o jovem, assustado, ergueu a lança de caça e ia trespassá-la, quando Júpiter, vendo o que se passava, impediu a consumação do crime e afastou os dois, colocando-os no céu, transformados na constelação da Ursa Maior e da Ursa Menor. (Para continuar, clique AQUI)
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