Este é o 5º Artigo da série Mitologia. Os quatro primeiros são:
01 - Prometeu e Pandora
02 - Apolo e Dafne
03 - Píramo e Tisbe
01 - Prometeu e Pandora
02 - Apolo e Dafne
03 - Píramo e Tisbe
Certa vez, Juno notou que o dia escurecera de súbito e imediatamente desconfiou de que o marido levantara uma nuvem para esconder algumas de suas façanhas que não gostava de expor à luz. Juno afastou a nuvem e viu o marido, à margem de um rio cristalino, com uma bela novilha ao seu lado. A rainha dos deuses desconfiou de que a aparência da novilha ocultava alguma bela ninfa de estirpe mortal, como, na verdade, era o caso. Tratava-se de Io, filha do rio deus Ínaco, a quem Júpiter cortejava, e a quem dera aquela forma, ao sentir a aproximação de sua esposa.
Juno foi-se juntar ao marido e, vendo a novilha, elogiou a sua beleza e perguntou quem era ela e a que rebanho pertencia. Júpiter, para evitar que as perguntas continuassem, respondeu que se tratava de uma nova criação da terra. Juno pediu-lhe que lhe desse a novilha de presente. Que poderia Júpiter fazer? Não queria entregar a amante à sua esposa; como recusar-lhe, porém, um presente tão insignificante como uma novilha? Não poderia fazê-lo sem despertar suspeitas. Assim, concordou. A deusa ainda não pusera de lado suas desconfianças: entregou, portanto, a novilha a Argos, ordenando que fosse vigiada atentamente.
Ora, Argos tinha cem olhos na cabeça e, para dormir, jamais fechava mais de dois ao mesmo tempo, de maneira que velava por Io constantemente. Deixava-a pastar durante o dia e, à noite, amarrava-a com uma corda em torno do pescoço. Io sentia ímpetos de estender os braços para implorar liberdade a Argos, mas não tinha braços e sua voz era um mugido que amedrontava até ela própria. Viu seu pai e suas irmãs, aproximou-se deles, deixou-os acariciá-la e louvar-lhe a beleza. Seu pai estendeu-lhe um punhado de relva e ela lambeu-lhe a mão estendida. Ansiava-se por se fazer conhecida dele, mas infelizmente, as palavras lhe faltavam. Afinal, teve idéia de escrever, e escreveu seu nome – era bem curto – como o casco, na areia. Ínaco reconheceu-a e, descobrindo que sua filha , a quem há tanto tempo procurara em vão, estava escondida sob aquele disfarce, chorou e abraçando-se com seu branco pescoço exclamou:
- Ah, minha filha! Teria sido menos doloroso perder-te inteiramente! (Para continuar, clique AQUI).
Este artigo se encontra no tópico - Mitologia
No próximo artigo, veremos o ciúme outra vez em Juno e Suas Rivais II - CALISTO. Será postado em breve.
Juno foi-se juntar ao marido e, vendo a novilha, elogiou a sua beleza e perguntou quem era ela e a que rebanho pertencia. Júpiter, para evitar que as perguntas continuassem, respondeu que se tratava de uma nova criação da terra. Juno pediu-lhe que lhe desse a novilha de presente. Que poderia Júpiter fazer? Não queria entregar a amante à sua esposa; como recusar-lhe, porém, um presente tão insignificante como uma novilha? Não poderia fazê-lo sem despertar suspeitas. Assim, concordou. A deusa ainda não pusera de lado suas desconfianças: entregou, portanto, a novilha a Argos, ordenando que fosse vigiada atentamente.
Ora, Argos tinha cem olhos na cabeça e, para dormir, jamais fechava mais de dois ao mesmo tempo, de maneira que velava por Io constantemente. Deixava-a pastar durante o dia e, à noite, amarrava-a com uma corda em torno do pescoço. Io sentia ímpetos de estender os braços para implorar liberdade a Argos, mas não tinha braços e sua voz era um mugido que amedrontava até ela própria. Viu seu pai e suas irmãs, aproximou-se deles, deixou-os acariciá-la e louvar-lhe a beleza. Seu pai estendeu-lhe um punhado de relva e ela lambeu-lhe a mão estendida. Ansiava-se por se fazer conhecida dele, mas infelizmente, as palavras lhe faltavam. Afinal, teve idéia de escrever, e escreveu seu nome – era bem curto – como o casco, na areia. Ínaco reconheceu-a e, descobrindo que sua filha , a quem há tanto tempo procurara em vão, estava escondida sob aquele disfarce, chorou e abraçando-se com seu branco pescoço exclamou:
- Ah, minha filha! Teria sido menos doloroso perder-te inteiramente! (Para continuar, clique AQUI).
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No próximo artigo, veremos o ciúme outra vez em Juno e Suas Rivais II - CALISTO. Será postado em breve.
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