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    DO CATIVEIRO BABILÔNICO DA IGREJA (Introdução) - Lutero


    Desde a publicação de seus sermões sobre os sacramentos, em 1519, Lutero não parou de elaborar sua visão dos sacramentos. O aspecto ao qual maior atenção dedicou foi a missa, pois suas colocações de 1519 haviam sido bastante reticentes. Em julho de 1520, após haver pregado sobre a questão na quaresma daquele ano, publicou “Um sermão a respeito do Novo Testamento, isto é, a respeito da santa missa”. Com essa publicação estava consciente de ter provocado “novo incêndio”.

    Na festa de Corpus Christi criticaria a própria festa, como sendo baseada em obras, enquanto que a Eucaristia teria a finalidade de fortalecer a fé dos crentes. Nos debates acadêmicos de 1520, Lutero e Melanchthon continuaram a desenvolver a teologia dos sacramentos.

    Em fins de junho, Alveld publicara um tratado sobre a comunhão dos leigos nas duas espécies. Nele, lamentou o silêncio das autoridades eclesiásticas relativamente aos ataques que a Igreja vinha sofrendo. Partindo de João 6, procurou fundamentar a comunhão dos leigos sob uma das espécies e defender a prática sacramental vigente.

    Lutero não reagiu, mas deu a entender que faria uma publicação, frente à qual as “víboras” ficariam ainda mais confusas. A 6 de outubro seria publicado, então, o escrito latino “De captivitate Babylonica ecclesiae praeludium”

    O título é uma referência altamente crítica à Igreja, pois afirma que o povo de Deus está sendo mantido cativo com outrora o fora o povo de Israel no exílio. Todo o escrito, aliás, é pensado a partir do povo e nos mostra um Lutero teólogo a partir do povo. Lutero apresenta o...
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