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    Sola Gratia: Introdução


    O Evangelicalismo e uma Heresia Antiga

    Talvez o acontecimento mais vergonhoso na história da nação judaica antes da destruição de Jerusalém, em 70 d.C., tenha sido o cativeiro da Babilônia. Em 586 a.C., o Reino do sul foi conquistado por Nabucodonosor e a elite judaica foi levada para a Babilônia. Lá, o povo de Deus se viu diante da onerosa obrigação de entoar a canção do Senhor numa terra desconhecida e estrangeira. Eles foram forçados a pendurar suas harpas nas árvores às margens do rio Eufrates.

    O cativeiro Babilônico foi um tempo de teste, a prova severa que produziu gigantes espirituais como Daniel e Ezequiel, e campeões heróicos da fé como Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. As chamas da provação foram aumentadas pela pressão sistemática imposta ao povo judeu para que adotasse os caminhos da nação pagã que o mantinha prisioneiro. Indubitavelmente, muitos dos cativos capitularam e lutaram para assimilar o seu novo meio. Houve um preço a ser pago pela não-conformidade, um custo severo pela resistência ao governo e aos mandatos culturais de aquiescer aos costumes do paganismo. Foi o palco histórico conducente à prática do que Friedrich Nietzsche mais tarde chamaria de “moralidade da multidão”.

    Ajustar-se aos costumes e visão de mundo alheio é uma das mais fortes pressões que se pode experimentar. Estar culturalmente “fora dela” é freqüentemente considerado o ponto mais deprimente de realização social. As pessoas tendem a buscar aceitação e popularidade no fórum da opinião pública. O aplauso dos homens é o toque da sirene, o canto do paganismo. Poucos são os que exibem a coragem moral requerida pela fidelidade a Deus quando marchar de acordo com a sua batida de tambor não é popular ou pode ser até mesmo perigoso.

    Lembramo-nos de José, que foi traiçoeiramente vendido para o cativeiro estrangeiro e gastou sua juventude numa cela de prisão, contudo permaneceu fiel ao Deus de seus pais, ao Deus de Abraão, Isaque e Jacó. No Egito, José foi uma congregação de um membro só. Sem o apoio da igreja ou do costume nacional, ele resolveu ser fiel a um Deus no qual ninguém ao seu redor acreditava, exceto aqueles convertidos pelo seu testemunho.


    Nosso Cativeiro Babilônico

    Não vivemos na Babilônia. Gozamos de uma grande extensão de liberdade religiosa e de uma herança cultural que, num grau maior ou menor, foi construída sobre a base da fé cristã. Contudo, essa cultura tem-se tornado cada vez mais hostil ao Cristianismo bíblico e a nossa fé tem sido considerada progressivamente irrelevante para a sociedade moderna. A nossa era tem sido descrita como “pós-cristã”, na qual as igrejas se assemelham aos museus e a fé bíblica considerada um anacronismo.

    A “Babilônia” cultural de nossos dias é freqüentemente descrita pelos cristãos evangélicos como a visão de mundo adotada pelo chamado humanismo secular. Esse preceito tem sido usado como uma palavra ou certeza, o humanismo secular tem uma face real mas essa visão de mundo é apenas um dos muitos sistemas que competem com o Cristianismo na mente e na alma das pessoas.

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    Este artigo está no tópico – Fundamentos da Fé Cristã


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