O CONHECIMENTO DE DEUS É IMPLANTADO no coração do homem de modo natural.
Sustentamos ser fato indisputável que alguma consciência da existência de uma deidade está naturalmente arraigada na mente humana. O próprio Deus deu ao homem esta convicção, e constantemente a renova, de modo que o homem não possa pleitear a ignorância com desculpa pela sua falta de sujeição à vontade do seu Criador. Um escritor pagão (Cícero) nos contou que não há nação tão bárbara que esteja destituída da crença na existência de um Deus.
Visto, portanto que nunca houve um país, uma cidade ou um lar, sem algum senso de religião, temos nisto um tipo de confissão tácita de que o homem naturalmente sabe que há um Deus. Até mesmo a idolatria comprova este fato, pois vemos que o homem, por orgulhoso que ele seja, preferiria curvar-se diante de um toro de madeira ou pedra do que ser considerado destituído de um deus.
Portanto, é muito absurdo dizer, como dizem alguns, que a religião foi inventada pela astúcia e esperteza de alguns poucos, a fim de conservarem em servidão o povo comum. Reconheço que homens astutos tenham inventado muitos dispositivos na religião para fazer isso; mas nunca o teriam conseguido se não houvesse um instinto religioso profundo nas mentes dos homens. Nem sequer podemos crer que estes enganadores estavam pessoalmente destituídos de uma crença em Deus. Pois, embora tenha havido, e haja, homens que professam ser ateus, mesmo assim, de vez em quando são compelidos a sentir aquilo de que desejam esquecer.
Não lemos doutro desprezador da Deidade mais ousado do que Caio Calígula; ninguém, porém, tremia de modo mais objeto do que ele quando...
Sustentamos ser fato indisputável que alguma consciência da existência de uma deidade está naturalmente arraigada na mente humana. O próprio Deus deu ao homem esta convicção, e constantemente a renova, de modo que o homem não possa pleitear a ignorância com desculpa pela sua falta de sujeição à vontade do seu Criador. Um escritor pagão (Cícero) nos contou que não há nação tão bárbara que esteja destituída da crença na existência de um Deus.
Visto, portanto que nunca houve um país, uma cidade ou um lar, sem algum senso de religião, temos nisto um tipo de confissão tácita de que o homem naturalmente sabe que há um Deus. Até mesmo a idolatria comprova este fato, pois vemos que o homem, por orgulhoso que ele seja, preferiria curvar-se diante de um toro de madeira ou pedra do que ser considerado destituído de um deus.
Portanto, é muito absurdo dizer, como dizem alguns, que a religião foi inventada pela astúcia e esperteza de alguns poucos, a fim de conservarem em servidão o povo comum. Reconheço que homens astutos tenham inventado muitos dispositivos na religião para fazer isso; mas nunca o teriam conseguido se não houvesse um instinto religioso profundo nas mentes dos homens. Nem sequer podemos crer que estes enganadores estavam pessoalmente destituídos de uma crença em Deus. Pois, embora tenha havido, e haja, homens que professam ser ateus, mesmo assim, de vez em quando são compelidos a sentir aquilo de que desejam esquecer.
Não lemos doutro desprezador da Deidade mais ousado do que Caio Calígula; ninguém, porém, tremia de modo mais objeto do que ele quando...
K
k
Este texto está no tópico - João Calvino
0 comentários:
Postar um comentário