HÁ PROVAS SÓLIDAS E RACIONAIS QUE SERVEM para confirmar a veracidade das sagradas Escrituras
A não ser que os homens possuam a certeza da qual falei, certeza esta que é mais alta e mais forte do que aquela que a razão humana possa oferecer, é vão defender a autoridade das Escrituras por argumentos ou estabelecê-la pela aprovação da Igreja; pois a não ser que este fundamento seja posto, a incerteza permanecerá no coração.
Por outro lado, uma vez que tenhamos abraçado as Escrituras de uma forma que não fazemos como nenhum outro livro, com uma reverência à altura da dignidade delas, aquelas considerações que originalmente eram insuficientes para convencer nossos corações agora se tornam muito benéficas a nossa fé. Ficamos maravilhosamente consolidados quando consideramos a ordem e o arranjo de suas doutrinas, a bela concordância de todas as suas partes e outros aspectos que as revestem de majestade. E nossos corações ficam ainda mais consolidados quando observamos que nossa admiração é exercitada, não pelas belezas da linguagem, e sim pela dignidade das coisas reveladas. É, pois, uma providência singular da sabedoria de Deus que os mistérios sublimes do reino dos céus fossem revelados, na sua maior porte, num estilo simples e humilde. Se tivessem sido adornados com o esplendor da eloqüência, os ímpios teriam feito a objeção capciosa de que seu poder se devia apenas a beleza da linguagem em que foram apresentados.
Conforme as coisas são na realidade, a simplicidade natural e quase corriqueira das Escrituras pede de nós mais reverência do que toda a eloqüência dos oradores; e apenas podemos concluir que as verdades ensinadas são por demais poderosas para precisarem da ajuda artificial de palavras habilidosas. Assim sendo, o apóstolo Paulo argumenta que...
A não ser que os homens possuam a certeza da qual falei, certeza esta que é mais alta e mais forte do que aquela que a razão humana possa oferecer, é vão defender a autoridade das Escrituras por argumentos ou estabelecê-la pela aprovação da Igreja; pois a não ser que este fundamento seja posto, a incerteza permanecerá no coração.
Por outro lado, uma vez que tenhamos abraçado as Escrituras de uma forma que não fazemos como nenhum outro livro, com uma reverência à altura da dignidade delas, aquelas considerações que originalmente eram insuficientes para convencer nossos corações agora se tornam muito benéficas a nossa fé. Ficamos maravilhosamente consolidados quando consideramos a ordem e o arranjo de suas doutrinas, a bela concordância de todas as suas partes e outros aspectos que as revestem de majestade. E nossos corações ficam ainda mais consolidados quando observamos que nossa admiração é exercitada, não pelas belezas da linguagem, e sim pela dignidade das coisas reveladas. É, pois, uma providência singular da sabedoria de Deus que os mistérios sublimes do reino dos céus fossem revelados, na sua maior porte, num estilo simples e humilde. Se tivessem sido adornados com o esplendor da eloqüência, os ímpios teriam feito a objeção capciosa de que seu poder se devia apenas a beleza da linguagem em que foram apresentados.
Conforme as coisas são na realidade, a simplicidade natural e quase corriqueira das Escrituras pede de nós mais reverência do que toda a eloqüência dos oradores; e apenas podemos concluir que as verdades ensinadas são por demais poderosas para precisarem da ajuda artificial de palavras habilidosas. Assim sendo, o apóstolo Paulo argumenta que...
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