Creio que foi o Dr. G. Campbell Morgan que disse que a verdade completa não está em “Está escrito”, mas em “Está escrito” e “Também está escrito”. O segundo texto deve ser defrontado com o primeiro para estabelecer equilíbrio como a asa direita precisa trabalhar junto com a esquerda para dar equilíbrio ao pássaro e capacitá-lo a voar.
A falta de equilíbrio na vida cristã muitas vezes é conseqüência direta de ênfase excessiva a certos textos favoritos, com uma correspondente falta de ênfase a outras textos relacionados. Pois não é somente a negação que torna nula uma verdade; deixar de dar-lhe ênfase acabará sendo igualmente danoso, com o tempo. E isto nos coloca na estranha posição de sustentar uma verdade teoricamente, enquanto a tornamos sem efeito negligenciando-a na prática. A verdade não utilizada torna-se tão inútil como um músculo não utilizado.
Às vezes a nossa dogmática insistência em “Está escrito”, e a nossa recusa em ouvir “Também está escrito”, faz-nos hereges, sendo que a nossa heresia é de uma categoria não relacionada com credo, pelo que não provoca a oposição dos teólogos. Um exemplo disso é o ensino que vez por outra aflora e que se refere à confissão de pecados. É mais ou menos como segue: Cristo morreu por nossos pecados, não somente por todos os pecados que cometemos no passado, mas também por todos os que venhamos a cometer pelo resto das nossas vidas.
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