O evangelho é sobre morte e não sobre fazer
grandes coisas. O evangelho é sobre fazer a única coisa que vale a pena, viver
para a glória de Deus. Cristo não te salva de modo que daí em diante você possa
fazer grandes coisas.
Cristo morreu para que
você ficasse livre de viver para você mesmo e vivesse para Ele: “Ele morreu... para os que vivem não vivam
mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou” - 2 Co
5.15.
O objetivo da morte de
Cristo é a exaltação de Cristo. A essência do pecado é que a vida do homem não
glorifica a Deus – “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;”
Romanos 3:23.
Quando dizemos ao mundo
que Deus tem um plano maravilhoso para sua vida e quer que ele faça grandes
coisas, o que o mundo ouve é: “Deus quer
que eu seja incrível e maravilhoso! Eu gosto disso, porque eu quero se incrível
e maravilhoso... realmente este é um grande plano, pensam, um casamento
maravilhoso, filhos inteligentes e maravilhosos, saúde maravilhosa, emprego,
empresa, dinheiro... tudo maravilhoso... eu fazendo coisas grandes...”
O Evangelho é sobre
morte. Nós morremos com Cristo e fomos
ressuscitados para uma nova vida, uma vida que não tem mais seus interesses nos
velhos afetos e concupiscências da velha vida, coisas que na verdade se
tornaram esterco perto do desfrute daquilo que realmente fomos criados para
desfrutar: “E, na verdade, tenho também
por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu
Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como esterco,
para que possa ganhar a Cristo,” - Filipenses 3:8
Isso
é Evangelho! Quando você pode ter Cristo, todo o resto é esterco,
mas hoje temos um “evangelho” que joga fora Cristo e oferece pilhas de esterco
do e ao mundo como resposta para os seus anseios.
Como eu disse antes, o evangelho
é sobre fazer a única coisa que vale a pena, viver para a glória de Deus. Mas
isso não parece grande coisa para o mundo.
“Ele
morreu... para os que vivem não vivam mais para si mesmos...” 2 Coríntios 5.15
Esse é o plano
maravilhoso do evangelho. É uma coisa tremenda perceber que quando você morreu
em Cristo, você ressuscitou com Ele para viver uma vida santa. Nós já não vivemos para nós mesmos. É por isso que Paulo disse em Atos 20, “não importa o que
acontece comigo, isso realmente não importa. Eu não conto nenhuma dessas coisas
como preocupação, porque eu não considero a minha vida preciosa para mim mesmo.
Minha vida não importa. Tudo o que importa é que eu viva o que Deus
comprometeu-me a fazer. Tudo o que importa é que Cristo viva em mim. E então
ele diz: "Para mim o viver é
Cristo". Isso é tudo, é tudo o
que importa. Sua vontade, seu propósito, seus objetivos, sua glória, sua honra,
a sua verdade... nada mais, nada mais. Saulo de Tarso realmente se foi, está
morto, enterrado e Paulo, é uma nova criação com uma nova direção.
Assim, viver para o
ego, o “eu”, foi perdido para sempre e o
mundo todo precisava saber disso e Deus nisso ser glorificado. Ele não estava
nisso para conseguir o sucesso em alguma realização que sonhara antes de ser
chamado por Cristo, prestígio, dinheiro, reconhecimento, relacionamentos...
Agora era Cristo,
Cristo, Cristo... "Para mim o viver
é Cristo".
Agora, isso não é
verdade só sobre a “Teologia da prosperidade” a afins. Isso toca também
naqueles que parecem estar mais distantes das heresias mais óbvias de nossos
dias também. A Verdade bíblica precisa ser mais do que um conjunto de crenças
que assumimos. Ela deve ser a lente através da qual olhamos para nós mesmos e o
mundo.
Há muitos cristãos e
igrejas que não negam qualquer doutrina fundamental da fé cristã (muitos
infelizmente negam), mas eles ainda não tem um núcleo teológico. Eles têm, em
vez disso, uma declaração de fé mofada que mal entendem e acreditam e não ousam
pregar com paixão.
Eles são animados e
motivados pela política, crescimento da igreja, preocupações relacionais,
sociais e similares, mas o evangelho é apenas assumido. "Sim, sim, claro
que acreditamos..." Suas grandes motivações podem ser compartilhadas por
homens que nunca nasceram de novo, porque elas são apenas ecos deste mundo. A
motivação não é a mesma de Paulo, porque a motivação de Paulo não podia ser
compartilhada com o mundo, pois o mundo jamais bradaria com prazer: "Para mim o viver é Cristo e o resto é
esterco”.
Um espelho não pode ser
um guia! "Uma literatura que espelha a sociedade é um guia inútil para
ela" ( Flannery O'Connor (1925-1964)
- Um espelho não pode ser um guia - Um "evangelho" que espelha a
sociedade, a cultura, seus valores... é completamente inútil e não relevante
como muitos acham. O brado de Paulo não é um espelho do mundo, mas um mapa para
a vida para a qual o homem foi criado:
“Mas o que para mim era ganho reputei-o
perda por Cristo. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela
excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda
de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a
Cristo, E seja achado nele, não tendo a minha justiça que vem da lei, mas a que
vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus pela fé; Para conhecê-lo,
e à virtude da sua ressurreição, e à comunicação de suas aflições, sendo feito
conforme à sua morte” - Filipenses
3:7-10