A ideia de que o homem é valioso e de que Cristo é o preço justo por ele é uma visão distorcida e blasfema do valor infinito de Cristo. A morte de Cristo mostra o quão infinito é o crime do homem, não o seu valor - que crime mereceria tão elevada pena?
Olhe para a visão bíblica do que Cristo fez, o valor infinito do Filho de Deus, sua majestade e condescendência tão bem descritos por Jonathan Edwards:
"Em Cristo se encontra infinita majestade e infinita condescendência. Cristo, sendo Deus, é infinitamente grande e exaltado acima de tudo. Ele é maior que os reis e poderosos da terra, pois Ele é o Rei dos reis e Senhor dos senhores. Ele é mais alto que os céus e maior do que todos os anjos do céu juntos.
Olhe para a visão bíblica do que Cristo fez, o valor infinito do Filho de Deus, sua majestade e condescendência tão bem descritos por Jonathan Edwards:
"Em Cristo se encontra infinita majestade e infinita condescendência. Cristo, sendo Deus, é infinitamente grande e exaltado acima de tudo. Ele é maior que os reis e poderosos da terra, pois Ele é o Rei dos reis e Senhor dos senhores. Ele é mais alto que os céus e maior do que todos os anjos do céu juntos.
Tão grande Ele é, que
todos os homens, todos os reis e príncipes, são vermes do pó diante dEle...
todas as nações são como a uma gota em um balde, mera poeira insignificante,
sim, e os próprios anjos são nada diante dele.
Ele é tão grande que
está infinitamente acima de qualquer necessidade de nós, nossa existência...
acima de nosso alcance, que poderíamos dar a Ele? Ele está acima de nossas
concepções, não podemos de fato compreendê-lo – “Quem subiu ao céu e desceu? Quem encerrou os ventos nos seus punhos?
Quem amarrou as águas numa roupa? Quem estabeleceu todas as extremidades da
terra? Qual é o seu nome? E qual é o nome de seu filho, se é que o sabes?” -
Provérbios 30:4
Se esticássemos ao
máximo o entendimento de todas as mentes humanas juntas, não poderíamos chegar
as margens de Sua glória divina – “Como
as alturas dos céus é a sua sabedoria; que poderás tu fazer? E mais profunda do
que o inferno, que poderás tu saber?” - Jó 11:8 – Cristo é o Criador e
grande Possuidor dos céus e da terra.
Ele é o Senhor Soberano
de todos. Ele governa sobre todo o universo, e faz tudo o que lhe agrada. Seu
conhecimento é sem limites. Sua sabedoria é perfeita e ninguém pode
aconselhá-lo. Seu poder é infinito e ninguém pode lhe resistir. Suas riquezas
são imensas e inesgotáveis, ninguém pode lhe acrescentar. Sua majestade é
infinitamente terrível.
E ainda assim Ele é de
infinita condescendência. Ninguém é tão baixo ou inferior que a condescendência de Cristo não seja
suficiente para chegar a ele
gentilmente.
Ele é condescendente
não só para com os anjos, pois é um humilhar-se para Ele mesmo apenas a
contemplação do que os anjos fazem no céu, mas Ele também condescende a essas
pobres criaturas como os homens, e não só para tomar conhecimento dos
príncipes, reis e poderosos da terra, mas com alegria daqueles que são de pior
classificação e grau segundo os homens, “os pobre do mundo” – Tiago 2.5.
Tais que são
desprezados por seus semelhantes, mas jamais por Cristo. Todos nós, os
escolhidos para sermos redimidos, exemplificam sua condescendência, e esta é a
razão de nossa eleição: “E Deus escolheu
as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar
as que são; Para que nenhuma carne se glorie perante ele.” - 1 Coríntios
1:28-29 – Cristo condescendeu em tomar
conhecimento de mendigos – “E aconteceu
que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu
também o rico, e foi sepultado.” - Lucas 16:22 – E pessoas das nações mais
desprezadas. Em Cristo Jesus não há nem “bárbaro, cita, escravo nem livre...” Colossenses
3:11
Aquele que é
infinitamente exaltado, condescende em falar graciosamente sobre crianças – “Deixai
vir a mim” – Mateus 14.14 – Sim, o que é infinitamente exaltado além de toda
comparação e compreensão é capaz de se inclinar aos mais indignas criaturas
pecadoras, aqueles que só merecem o inferno, que não apenas não merecem nada,
mas merecem infinito mal.
Sim, assim é grande a
Sua condescendência, que não apenas é suficiente para mandar um aviso gracioso,
mas suficiente para cada ato de condescendência infinita que resgata
soberanamente a custos imensos. Sua condescendência é ainda grande o suficiente
para tornar-se amigo de quem merece a destruição, tornar-se companheiro, unir a
suas almas como um esposo numa união espiritual eterna.
É suficiente para tomar
a sua natureza sobre Ele, para se tornar um deles, para que Ele possa ser um
com eles. Sim, Ele é grande o suficiente para se humilhar de maneira espantosa,
se expor a vergonha, ao cuspe, sim, render-se a Si mesmo, se entregar a uma
morte ignominiosa por eles – o povo que o Pai lhe deu na eternidade.
Algum ato de condescendência
poderia ser concebido que fosse maior que esse? No entanto, tal ato de
condescendência ocorreu para os vis, indignos... pensar que essas criaturas tem
algum mérito ou merecimento é uma ofensa
infinita ao Seu coração condescendente. Ele resgatou o desprezível e indigno.
Essa conjunção de
infinita majestade e infinita condescendência na mesma pessoa, é admirável elem
de toda a imaginação – precisamos de mais alguma coisa para viver em adoração
arrebatadora? Nós vemos na vida, por instâncias múltiplas, que a tendência de
todos os homens e contrária a isso – se tem alguma posição, logo tem uma
disposição contrária a tudo que Ele é.
Se um verme for um
pouco exaltado acima de outro verme, por ter mais poeira, por ter um monte de
estrume maior... quanto ele faz de si mesmo orgulhoso. Que distância há entre
um verme e outro – nenhuma! Algo desprezível. Mas a condescendência logo se
esvai. Ele espera ser muito reconhecido.
Cristo condescende em
lavar os pés de vis criaturas... mas como são os grandes homens? Ou melhor, os
vermes maiores? Contam como aviltação
atos muito menores de condescendência."
–Jonathan Edwards, “The Excellency of Christ,” The
Works of Jonathan Edwards - Ed. Edward Hickman