Em suas Reflexões sobre
a experiência cristã, Archibald Alexander (1772-1851), perguntou por que nós
crescemos tão lentamente como cristãos.
Primeiro, ele reuniu os
suspeitos de costume: "A influência de amigos e familiares mundanos, o
fato de embarcarmos como os homens sem Deus no mundo dos negócios, trabalho, estudo... dedicarmos
muito tempo para divertimentos, apego imoderado a qualquer objeto
mundano", etc. Mas então ele perfurando ainda mais para baixo, pergunta “por
que essas coisas tem tido tal poder sobre nós - porque muitos cristãos
comumente são tão diminutos em estatura e têm uma força tão débil em seu cristianismo?"
Ele propôs três razões:
1.
"Há um defeito na nossa crença na liberdade da graça divina."
Mesmo quando o
evangelho é reconhecido em teoria de forma correta, escreveu ele, muitos
cristãos dependem de seus humores diários, temperamentos e performances ao invés de depender somente
de Cristo. Então, em nosso fracasso inevitável, ficamos desanimados, e o mundanismo
recupera força sem nada para combatê-lo realmente." O pacto da graça deve
ser mais clara e repetidamente exposto em toda a sua plenitude de riqueza de
misericórdia, em toda a sua franqueza absoluta, e por fim, em todo o seu poder
capacitador".
2. "Os cristãos
não fazem a sua obediência a Cristo abranger todos os outros objetos de sua
busca diária."
Nós
compartimentalizamos nossas vidas, e Jesus se torna uma barra lateral para as
coisas mais “interessantes” do dia a dia, como ganhar dinheiro, relacionamentos...
" Os empregos seculares e todas as buscas dos homens regenerados devem ser
consagradas e se tornarem uma parte de sua devoção a Cristo." Dessa forma,
nosso trabalho de segunda a sexta não trará nenhuma distração de Cristo, mas
será na verdade mais atividade por Cristo. O que faz com que a motivação para
essas coisas sejam totalmente diferentes de como o mundo faz.
3. "Nós fazemos
resoluções muito gerais de melhoria e obediência... mas negligenciamos estender
nossos esforços para novos níveis a medida que aprendemos mais na Palavra a
cada semana."
Ao invés de estarmos convencidos de que não temos cometido pecado enorme em qualquer dia comum da
semana, e portanto, devemos estar indo bem como cristãos – devemos sim, ter
elaborado a cada semana estratégias específicas para acionar novos passos de
obediência em uma base diária. Percebendo que não é uma questão de mera
manutenção.
Archibald Alexander, Thoughts on Religious Experience (Edinburgh, 1989),
pages 165-167.