De uma perspectiva
geral, todos os atributos de Deus são igualmente não-negociáveis. A falta de
qualquer dos Seus atributos eternos fariam dele menos que perfeito Deus.
Mas Thomas Goodwin (1600
– 1680 ) e John Bunyan (1628 – 1688 ) estão me convencendo de que, de um certo
ângulo, mais profundo, há algumas coisas que saem do coração de Deus mais
naturalmente do que outras.
Deus é inabalavelmente
justo. Mas qual é a sua disposição final mais profunda? O que é natural para
ele?
Quem é ele?
O volume 2 das obras de
Goodwin tem 500 páginas dedicadas aos sermões pregados em Efésios 2. Ele
desacelera e anda bem devagar especialmente nos primeiros 10 versículos deste
grande capítulo e reflete longamente sobre as garantias programáticas do amor e
da misericórdia de Deus. Ele é incrivelmente maravilhoso.
Aqui está parte de sua
reflexão sobre a frase "rico em misericórdia" ao descrever Deus em
Efésios 2: 4.
“É sua disposição mais
profunda ser misericordioso. É a sua natureza, o seu ser.
As misericórdias de
Deus nas Escrituras são chamadas de suas entranhas; Agora não há nada tão
íntimo ou tão profundo para um homem como suas entranhas. E suas misericórdias
são chamadas de Suas entranhas, porque são as coias mais profundas; É aquilo
que está entranhavelmente dentro dele, todo o seu ser e natureza o inclina a
isso. . . .
A misericórdia é a sua
natureza e disposição, porque quando ele mostra misericórdia, ele faz isso com
todo o seu coração. . . .
Meus irmãos, embora
Deus seja justo, contudo sua misericórdia pode, em certo sentido, ser mais
natural para ele do que todos os atos de justiça que Deus mostra, quero dizer
justiça vingativa e punitiva que são é claro, por tudo que Deus é, inexoráveis.
Nesses atos de justiça há uma satisfação a um atributo, em que ele encontra, e
é realmente contra pecadores. No entanto, há uma espécie de ‘violência’ feita
nele, a Escritura assim a expressa; Há algo nele que é “contrário” a ele.
"Eu não tenho prazer na morte de um pecador" - isto é, eu não me
deleito simplesmente por causa de prazer em si neste ato, mas prazer em outra
coisa que manifesto nisso – o deleite não está na condenação em si. Não; Quando
Ele exerce atos de justiça, é para um fim mais elevado, não é simplesmente pela coisa em si. Então, há sempre algo em seu
coração “contra” ele.
Mas quando ele vem para
mostrar misericórdia, para manifestar o que é a sua natureza e disposição,
diz-se que ele faz isso com todo o seu coração. Não há nada nele que esteja
contra ele. O próprio ato lhe agrada por si mesmo. Não há “relutância” nele.
Portanto, em
Lamentações 3:33, quando ele fala de castigo, ele diz: "Não aflige nem frustra
de coração os filhos dos homens". Mas quando ele vem a falar de mostrar
misericórdia, diz que o faz "com todo o seu coração e com toda a sua
alma", como está escrito em Jeremias 32:41.
E, portanto, os atos de
justiça são chamados de sua "estranha obra" e seu "estranho ato"
em Isaías 28:21. Mas quando ele vem para mostrar misericórdia, ele se alegra
com eles, para fazer-lhes o bem, com todo o seu coração, e com toda a sua alma.
- Thomas Goodwin,
Works, 2: 179-80 ( Linguagem um pouco atualizada ).
E isso vem do homem, Thomas
Goodwin, que se levantou e falou com mais freqüência (357 vezes) - mais do que
qualquer outro, na elaboração da Confissão de Fé de Westminster. Na criação dos padrões de Westminster na
década de 1640. Aquela grande declaração de Fé, precisa, que de maneira tão
clara e forte mostra a doutrina do inferno e afirma a total e plena justiça de Deus. Goodwin não era
mole.
Há uma espécie de
pregação, que pode ficar com o tempo menos sensível ao coração de Deus que se
inclina por seu povo inconstante, não mostrando o que naturalmente Deus derrama dele sobre seu
povo alegremente, o que, mesmo que com toda a sua precisão, finalmente amortece seus
ouvintes para grandes belezas em Deus.






