No livro de Jonathan
Edwards, Afeições santas (Afetos religiosos), ele enfatiza a premissa de que os cristãos operam
principalmente como peregrinos aqui na terra, com nossos corações estando
sempre cheios de paixão inflamada do céu (ou seja, afeições santas). Jonathan
Edwards argumenta que Deus sobrenaturalmente mantém "eficazmente" a
nossa natureza focada na eternidade. Ao falar dessa graça, Jonathan Edwards
escreve: "a sua graça é o alvorecer
da glória; e Deus usa os meios determinados por Ele, para que neste mundo,
sejamos conformados e transformados para a herança que nos espera”.
Uma das maneiras em que
Jonathan Edwards mostra que Deus faz isso conformação, é através do privilégio
de oração. Quando oramos, não devemos pensar que estamos de alguma forma
informando Deus de suas perfeições, atributos... como se Ele não estivesse
ciente de sua santidade prevalecente, bondade, justiça, amor, misericórdia, e
toda a suficiência! Também não estamos dizendo a Deus algo que ele não sabe, em
termos de nossa finitude, dependência, indignidade... para que possamos de
alguma forma convencer Deus para fazer as coisas que pedimos. Mas sim, a oração
é usada por Deus na vida dos crentes para moldar, preparar e afetar os corações
dos seus filhos "com as coisas que
expressam Ele, e assim nos preparam para receber as bênçãos que pedimos segundo
a Sua vontade.”
Jonathan Edwards está
conectando um ponto crucial aqui para nós. Então, muitas vezes vemos nos
Salmos, os salmistas lamentam seus
respectivos dramas e sofrimentos, só para meditar e exaltar os atributos de Deus que
correspondem a suas necessidades, com o resultado sendo um
reconhecimento de adoração da bondade divina e perfeição – seja qual for a
resposta dada as necessidades, pois a oração os levou a ver a grandeza dos
atributos de Deus.
É maravilhoso então pensar sobre a
oração desta forma, como um treino cardio espiritual. Quando oramos, estamos
massageando os nossos corações com a pressão das perfeições eternas de Deus e,
posteriormente, ela produz em nós o louvor duradouro para a glória de Sua
graça. Oração tanto prepara como sustenta os afetos. Ao preparar nossos
corações ela funciona para moldar continuamente nossas vidas imperfeitas para mais perto da imagem perfeita de Cristo; e na sustentação, ela inflama
dentro de nós uma valorização duradoura e apaixonada da busca da glória de
Deus.
Então, em seguida,
pode-se até dizer que a oração é para nós também, apesar da oração ser para Deus.
Desfrute de oração
hoje, sabendo que ela está produzindo em você um desejo afetuoso para o céu,
onde o rei do céu reina, e onde um dia todos os seus santos estarão unidos diante
do seu trono indescritível, atribuindo glória, honra e louvor ao Cordeiro que está assentado exaltado para sempre.