E se você fosse ao médico porque não consegue dormir
e ele te dissesse que seu problema era que você dorme demais? "Você está
dormindo duas horas por noite? Esse é o seu problema! Você precisa dormir apenas
10 minutos por noite", diz ele enquanto você olha espantado.
Ou, imagine se você fosse a um nutricionista porque
você quer comer melhor e ele te dissesse que seu problema é excesso de ênfase
na alimentação saudável? “Coma mais chocolates e fast-foods” diz o
nutricionista. “Coma mais frituras e coisas calóricas”, acrescenta ele.
E você balança a cabeça em descrença.
Você pensaria: “Meu médico e nutricionista ficaram
loucos!”
Todos nós temos dificuldade em entender, e com toda razão, quando o problema é receitado para nós como solução ou remédio. Mas nem sempre
agimos racionalmente assim. Pelo menos não quando se trada da ideia de “amar a
si mesmo”.
Não estou sugerindo que precisamos nos odiar. Mas a
verdade é que o que a Bíblia diz ser o grande problema, nossa cultura abraçou
como uma solução dourada para quase todos os males sociais.
Vá ao Google e busque “autoestima” ou “amar a si
mesmo” e navegue por alguns milhões de textos que surgem. Caminhe no corredor
de auto-ajuda da livraria mais perto de sua casa e leia alguns dos títulos que
prometem lhe ensinar maneiras mais eficazes de amar a si mesmo, para se fazer
feliz... para garantir que você olhe para si mesmo em primeiro lugar, como o
número um...
Esse é o tema mais popular em nossa cultura.
Esse é um tema popular na música, como no sucesso de
Whitney Houston, "The Greatest Love of All".
“Eu encontrei o maior amor de todos
Dentro de mim
O maior amor de todos
É fácil de alcançar
Aprender
a amar a si mesmo
É
o maior amor de todos”
Aprender a amar a si mesmo, é o maior amor de todos. Isso me traz
a mente um monte de imagens totalmente surreais.
Primeiro imagine um homem em um campo com os braços
em volta de si mesmo dançando e declarando-se para si mesmo. Então a cena
mudaria para uma mulher segurando flores, proclamando corajosamente que comprou
flores para si mesma, porque ela se considerava a pessoa mais digna do seu
amor... (Poderíamos continuar imaginando...
mais sempre seria ridículo).
Com todo o respeito pela memória da falecida Whitney
Houston, o maior amor de todos não pode ser encontrado "dentro de
mim". Ou Aprender a amar a si mesmo... ser o maior amor de todos” - Pelo
contrário. Olhar para dentro para esperança, ajuda, Autoestima, coragem,
alegria, paz ou amor é exatamente a coisa que a Bíblia nos ensina a não fazer.
Ouça as palavras do Apóstolo Paulo enquanto escreve
sua última carta a Timóteo: "Sabe, porém, isto: que nos últimos dias
sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos” - 2
Timóteo 3:1,2."
Paulo passa a descrever então 17 sintomas odiosos,
coisas como arrogância, orgulho, brutalidade, traição, amor ao dinheiro,
ingratidão...
É um recheio de sanduíche desagradável dentro de
duas fatias de pão, uma chamada de "amante
de si mesmo", e a parte inferior sendo "não um amante de Deus."
Essa é a resposta. O oposto do auto-ódio não é o
amor-próprio. É o amor a Deus, que produz um amor saudável para com os outros.
A solução não pode ser encontrada "dentro de nós". Ela só pode ser
encontrada fora de nós, a criatura, e nele, o Criador.
Pecadores são consumidos com o orgulho é o senso de
auto-importância, são consumidos por eles mesmos... e fizemos disso uma virtude,
não só virtude, mas a mais importante, proeminente e dominante em nossa
sociedade.
Fomos chamados para pregar o evangelho a uma geração
não só orgulhosa, mas que transformou o orgulho na virtude de todas as
virtudes, que são tão apaixonados por si mesmos, que procuram a satisfação de
todos os seus caprichos, de cada desejo, cada ambição... que procuram ser tudo
o que podem ser... e que definem o valor de tudo que somos, e tudo que falamos,
e fazemos em nosso próprio ego.
Isso fez com que perguntas que deviam ser absurdas,
se tornarem frases famosas nas redes sociais – quem já não viu uma fato com os
dizeres – “Sua igreja vai me aceitar como eu sou?” – como se essa fosse uma
pergunta determinante do que é a igreja. Sequer podemos começar apresentar o
evangelho sem colocar em primeiro lugar a cruz diante das pessoas: “: Se alguém
quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me” –
Marcos 8.34 cf. Mateus 16.24
O evangelho nos transforma tirando nossos olhos de
nós mesmos e não o contrário: “Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo
como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na
mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor.” - 2 Coríntios 3:18 – E nos
tornamos um espelho refletindo a glória de Deus e não nossa cultura. Nossa
mensagem para o mundo é um mapa para essa realidade eterna e não um espelho
refletindo o mundo.
“Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu
quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela
fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim” – Gálatas 2.20. Em
todas as suas cartas vamos ver Paulo falando sobre uma nova vontade, uma mente
nova, um novo coração, um novo poder, um novo conhecimento, uma nova sabedoria,
uma nova percepção, um novo entendimento, uma nova vida, uma nova herança, uma
nova relação, uma nova justiça, um novo amor, um novo desejo... Somando tudo
isso a Bíblia diz que é novidade de vida, novidade de vida!






