Quando criticar vira nosso
ofício... certamente é uma coisa miserável.
Eu amo teologia
sistemática... eu amo as doutrinas bíblicas... eu prego no mínimo 3 vezes por
semana, 52 semanas por ano. Expor textos bíblicos é meu ofício quase full time.
Mas quando se trata de interpretar música, hinos, poema... temos que usar nosso
conhecimento bíblico com cuidado... para não mostrarmos tolice em vez de
verdadeiro conhecimento bíblico.
Vejo que a maioria dos “críticos
de hinos” – iriam escrever um monte de críticas em seus blogs sobre os Salmos se eles não
estivessem na Bíblia.
Precisamos interpretar
e criticar hinos, música e poemas em seus próprios termos e não simplesmente
olharmos para nossos volumes de teologia sistemática e os usarmos como tolos.
É assim que fazemos com
os Salmos ( mas como disse – se não estivessem na Bíblia... os críticos cairiam
em cima ).
O Salmo diz: “Guarda-me
como à menina do olho; esconde-me debaixo da sombra das tuas asas” - Salmos
17:8 – Quando vemos isso – não pegamos nosso volume de teologia sistemática no
tópico de como Deus é Espírito e
dizemos: “Deus é Espírito, e Ele não tem asas e nem olhos!” – Entendemos simplesmente
que o Salmista está falando em linguagem poética – está com a poesia pintando
um quadro de como Deus age nos guardando e protegendo, e não fazendo um descrição física de Deus. ( Mas se
isso estivesse num CD de hoje – posts apareceriam em blogs... “Esse hino está errado... Deus é Espírito!”
). Quando o Salmista fala sobre as “asas de Deus”, não ponho minha teologia
sobre o hino que ele escreveu, deixo ele falar comigo o que evidentemente ele
quis dizer.
Uma canção não pode ter
notas de rodapé, para explicar os termos... se pressupõe que quem ouve, tem uma
mente capaz de entender metáforas, figuras de linguagem... A canção e os versos
só podem dizer uma coisa de cada vez ( não explicar toda a teologia envolvida no ser
de Deus ) – A canção ( poesia ) não pode dizer tudo e fazer todas as
qualificações. Como seria uma canção se fizesse isso? ( Nem o salmista fez na
passagem citada, ao compor seu hino ).
Meu sermão, artigo,
livro... podem fazer qualificações... uma canção ou poesia não pode.
O que temos que fazer
quando ouvimos o verso de uma canção é
perguntar:
“Qual é o principal
ponto do autor aqui?”
“Guarda-me como à
menina do olho; esconde-me debaixo da sombra das tuas asas” - Salmos 17:8
“O que ele realmente
está tentando dizer?”
Depois que temos o
principal determinado, devemos perguntar: “Isso concorda com a Bíblia?” Então
você verá, por exemplo, que apesar de Deus não ter asas ou olhos, o que o autor
do Salmo 17.8 está falando, é algo que está de acordo com tudo que a Bíblia fala
sobre Deus. Ele não está atacando nem mostrando desconhecer a doutrina de que Deus é Espírito.
Portanto nós,
pessoas comprometidas com a Verdade, devemos preservar nossa paixão pela sã
doutrina e pela Bíblia. Jamais abandonar a sã doutrina ou pensar que as
palavras não têm sentido. Mas também vamos ser justos com aqueles que criam hinos,
poesia... arte. Nossas críticas e endossos devem sempre fluir da Bíblia, mas
eles também devem abordar o ponto principal da peça, o que quase nunca vejo
nessas críticas.






