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    O Que Este Descanso Eterno Pressupõe - Richard Baxter


    Para uma compreensão ainda mais clara desse descanso, você precisa saber que há algumas coisas necessariamente pressupostas nele.

    Todas estas coisas são pressupostas nesse descanso:

    A pessoa em movimento, em busca de descanso. O homem aqui está a caminho; anjos e espíritos glorificados já têm isso; e os demônios e os condenados não têm nenhuma esperança; um fim para o qual caminha para seu descanso; cujo fim deve ser suficiente para seu descanso; caso contrário, esse descanso, quando obtido, seria uma ilusão para o homem que para lá caminha. Esse descanso só pode ser Deus, o bem maior. Aquele que pega qualquer outra coisa para sua felicidade, já deu o primeiro passo para sair desse caminho. O principal pecado para a condenação é tornar qualquer outra coisa, que não Deus, nosso fim ou nosso descanso. E o primeiro verdadeiro ato salvador é escolher apenas Deus como nos-so fim e felicidade.Para esse fim, pressupõe-se certa distância; caso contrário, não haveria nenhum movimento em sua direção. Essa triste distância é fato penoso para toda a humanidade desde a queda; basicamente foi nosso Deus que perdemos, e fomos excluídos de sua graciosa presença. Embora haja comentários de perdermos apenas nossa felicidade terrena e temporal, tenho certeza de que a queda foi nossa separação de Deus, e foi a ele que perdemos e, por essa razão, dizemos estar sem ele no mundo. Pois o pecado não destruiu nosso ser, nem nos tirou o movimento; mas aniquilou a retidão e o bem-estar de nosso movimento. Quando Cristo vem com a graça regeneradora e salvadora, ele não encontra nenhum homem sentado e imóvel, uma vez que todos estão a caminho da ruína eterna, até que ele, pelo convencimento, os traz antes de mais nada a uma parada; e, pela conversão, faz com que, primeiro, o coração e, depois, a vida deles se voltem sinceramente para ele.
    Aqui se pressupõe o conhecimento do fim verdadeiro e supremo e de sua maravilha, bem como da intenção séria de alcançar esse fim. Pois o movimento da criatura racional prossegue: um fim desconhecido não é um fim; isso é uma contradição. Não podemos ter como fim aquilo que desconhecemos; tampouco nosso principal fim pode ser aquilo que não conhecemos, ou algo que não consideramos como o bem supremo. Um bem desconhecido não faz mover o desejo nem o esforço; portanto, sempre que não se reconhece que Deus é verdadeiramente esse fim, nem que o Senhor contém todo o bem, não há a possibilidade de se obter, de uma forma comum e conhecida, nenhum descanso, quaisquer que sejam as formas pelas quais Deus mantém esse fim em segredo.Aqui se pressupõe não apenas uma distância desse descanso, mas também o verdadeiro conhecimento dessa distância. Se um homem perdeu seu caminho e não o conhece, ele não procura retornar; se ele perde seu ouro, e não o conhece, ele não o busca. Portanto...




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